São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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SP tem que fazer lição, diz ministro

Silva Jr., de novo, fala de estádio paulista e alfineta governo estadual

JANAÍNA LAGE
DO RIO

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou ontem, em evento no Rio, que São Paulo precisa fazer seu ""dever de casa" para poder sediar a abertura da Copa-14.
"Não é possível que a maior cidade do país não consiga estruturar um estádio para participar de um evento como a Copa", disse.
Silva Jr. afirmou que a partida de abertura da Copa deve atrair vários chefes de Estado, além de ser uma oportunidade de aumentar a arrecadação de impostos para o município que sediar o jogo.
Para o ministro, é "inexplicável" que uma cidade como São Paulo não tenha a infraestrutura exigida para receber a abertura da Copa.
O ministro afirmou que é possível a instalação de estruturas provisórias para ampliar a capacidade do estádio que o Corinthians vai construir em Itaquera. A arena deve comportar 48 mil pessoas, mas, para sediar a abertura, a Fifa exige que ela tenha capacidade para 65 mil.
"O prefeito Gilberto Kassab nos assegurou que o estádio usado na Copa será o que o Corinthians vai construir, mas seria necessária a ampliação, e esse tema está sendo estudado pela prefeitura", afirmou. "Se não houver participação da prefeitura e do Estado de São Paulo no apoio ao Corinthians, isso não vai acontecer."
"Mas sei que vão apoiar o Corinthians", finalizou.
Em palestra no Fórum Exame, no Rio, o ministro defendeu a simplificação do processo de licitações para viabilizar os preparativos para a Copa. Segundo ele, o presidente Lula já assinou a medida provisória que reduz a burocracia das licitações e que deve ser examinada pelo Congresso em 2011.
A medida enviada neste ano não chegou a ser votada.
Silva Jr. defende que as fases sejam invertidas e que a análise de menor preço seja feita antes da análise aprofundada do projeto e da documentação das empresas que disputam a licitação.
Antes disso, haveria só uma etapa de pré-qualificação, com base em atestados de capacidade de cumprimento das exigências ou de experiência em certa área.
O ministro também defendeu a permissão para que compras de maior valor também sejam feitas por pregão eletrônico. "Temos insistido que é preciso fazer licitações, mas é preciso que os processos sejam mais rápidos."


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