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SP tem que fazer lição, diz ministro
Silva Jr., de novo, fala de estádio paulista e alfineta governo estadual
JANAÍNA LAGE
DO RIO
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou ontem, em evento no Rio, que
São Paulo precisa fazer seu
""dever de casa" para poder
sediar a abertura da Copa-14.
"Não é possível que a
maior cidade do país não
consiga estruturar um estádio para participar de um
evento como a Copa", disse.
Silva Jr. afirmou que a partida de abertura da Copa deve atrair vários chefes de Estado, além de ser uma oportunidade de aumentar a arrecadação de impostos para o
município que sediar o jogo.
Para o ministro, é "inexplicável" que uma cidade como
São Paulo não tenha a infraestrutura exigida para receber a abertura da Copa.
O ministro afirmou que é
possível a instalação de estruturas provisórias para ampliar a capacidade do estádio
que o Corinthians vai construir em Itaquera. A arena deve comportar 48 mil pessoas,
mas, para sediar a abertura, a
Fifa exige que ela tenha capacidade para 65 mil.
"O prefeito Gilberto Kassab nos assegurou que o estádio usado na Copa será o
que o Corinthians vai construir, mas seria necessária a
ampliação, e esse tema está
sendo estudado pela prefeitura", afirmou. "Se não houver participação da prefeitura e do Estado de São Paulo
no apoio ao Corinthians, isso
não vai acontecer."
"Mas sei que vão apoiar o
Corinthians", finalizou.
Em palestra no Fórum
Exame, no Rio, o ministro defendeu a simplificação do
processo de licitações para
viabilizar os preparativos para a Copa. Segundo ele, o presidente Lula já assinou a medida provisória que reduz a
burocracia das licitações e
que deve ser examinada pelo
Congresso em 2011.
A medida enviada neste
ano não chegou a ser votada.
Silva Jr. defende que as fases sejam invertidas e que a
análise de menor preço seja
feita antes da análise aprofundada do projeto e da documentação das empresas
que disputam a licitação.
Antes disso, haveria só
uma etapa de pré-qualificação, com base em atestados
de capacidade de cumprimento das exigências ou de
experiência em certa área.
O ministro também defendeu a permissão para que
compras de maior valor também sejam feitas por pregão
eletrônico. "Temos insistido
que é preciso fazer licitações,
mas é preciso que os processos sejam mais rápidos."
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