Equipe de Zé Roberto precisa recuperar 3 jogadoras lesionadas para a 2ª fase

DA REPORTAGEM LOCAL

Invicta, classificada à segunda fase do Mundial do Japão em posição confortável e motivada por boas apresentações, a seleção feminina volta as atenções agora para a enfermaria.
Depois da levantadora Fofão e da meio Fabiana, agora é Sassá quem está sob tratamento para se recuperar de contusão.
A atacante torceu o tornozelo ontem durante o aquecimento para o jogo contra Camarões.
Numa mistura de aborrecimento e bom humor, o técnico José Roberto Guimarães afirmou que sua seleção precisaria ser benzida ou receber um banho de sal grosso.
Sassá chegou a tentar convencer a comissão técnica a deixá-la atuar. Contrariada com o não, chorou.
"O bom senso nos levou a poupá-la. Não acredito que seja algo grave, mas só teremos certeza após 24 horas", disse o médico Júlio Nardelli, que iniciou o tratamento ainda na quadra.
Sassá é agora a terceira preocupação do médico da equipe.
Fofão e Fabiana também não atuaram ontem. A meio-de-rede já havia ficado fora das últimas três partidas por causa de dores no abdome.
Fofão, com lesão na perna, precisou entrar em momentos delicados dos duelos contra EUA e Holanda e espera se recuperar para a estréia na segunda fase, na quarta-feira.
"Vai ser ótimo poder repousar. Precisamos desse tempo para melhorar, para tentarmos zerar essas dores", afirmou.
Da lista de machucadas, apenas Sassá estava escalada para a partida de ontem. Zé Roberto queria dar chance às reservas e motivar a equipe diante de seu mais frágil adversário. O treinador iria até fazer experiências. Sassá atuaria na ponta no lugar de Mari, deslocada para o meio na vaga de Walewska.
Apesar dos desfalques, a seleção passeou em quadra e anotou 25/13, 25/14 e 25/8. O terceiro set teve o placar mais dilatado do Mundial do Japão
"Foi bom para pegarmos ritmo, jogamos descontraídas. O mais importante foi que terminamos a primeira fase invictas. Esse era o objetivo inicial", afirmou Mari, maior pontuadora da partida, com 15 acertos.
A oposto Renatinha e a camaronesa Rebecca Rose Ngo marcaram o mesmo número de pontos, mas tiveram aproveitamentos inferiores ao da ponta.
"A Mari, a Renatinha e a Paula [que teve filha há cinco meses] se apresentaram bem, foram importantes nessa vitória e ganharam ritmo de jogo. Vamos precisar delas nessa segunda fase, que será mais complicada, com adversários mais fortes. Temos que vencer no mínimo três jogos dessa fase seguinte", avaliou Zé Roberto.
A seleção, com a melhor campanha, leva para a segunda fase os pontos das três vitórias que obteve diante das seleções de seu grupo que também se classificaram. Assim, lidera a nova chave. Em segundo lugar está a Rússia, também invicta.