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Novatos empurram série corintiana
Com placar magro, time bate Santa Cruz no Pacaembu e pela primeira vez no ano consegue seqüência de quatro vitórias
Corinthians 1
Santa Cruz 0
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Atrás de uma série de quatro
vitórias consecutivas inédita
neste ano, o Corinthians tinha
tudo a favor para espantar a
ameaça do rebaixamento contra o Santa Cruz: um Pacaembu
cheio, um rival aparentemente
resignado com a lanterna e jovens jogadores cheios de vontade de mostrar serviço ao técnico Emerson Leão.
Antes da partida, o comandante -único membro da delegação corintiana a dar entrevistas- já dizia que era o "cenário
propício" para os novos atletas
que ele lançou desempenharem um bom papel.
E quando a bola rolou suas
apostas mostraram que o prognóstico era acertado. Em boas
triangulações pelas laterais, o
Corinthians logo assustou o time do Recife.
Pela esquerda, o atacante
Wilson, 21, se movimentava
muito, dando opções de tabelas
com o lateral-esquerdo César.
No outro flanco, as aproximações aconteciam entre o
meia Roger -bastante avançado- e o lateral-direito Fagner,
17. Na armação, quem se destacava era Renato, 21, o principal
articulador do campeão brasileiro, em virtude do posicionamento de Roger.
Nesse cenário, o gol parecia
ser só questão de tempo. E a
pressão corintiana surtiu efeito
aos 18min de jogo. Lançado pela direita, o meia Roger invadiu
a área em velocidade. Acossado
pelos jogadores do time pernambucano, ele caiu e rapidamente se levantou, na tentativa
de dar prosseguimento ao lance. Mas acabou perdendo a posse de bola antes de o juiz assinalar pênalti, o que gerou protestos do Santa Cruz.
Sem dar bola para as reclamações, Marcelo Mattos encheu o pé, 1 a 0.
A vantagem deu mais tranqüilidade ao Corinthians, na
medida em que o Santa Cruz teve que procurar mais as ações
ofensivas, dando espaço para
contra-ataques.
Contudo, em um momento
de cochilo da retaguarda alvinegra, o time visitante quase
igualou. Bruno Lança bateu
Magrão pelo alto e cabeceou na
trave de Marcelo.
No intervalo, Leão mostrou-se satisfeito. "Tivemos três
reais chances e aproveitamos
uma. Mas, por enquanto, está
bom." Mesmo assim, ele promoveu a entrada do meia William, 18, na vaga de Fagner.
Se achava bom o que o time
havia feito na etapa inicial, os
minutos iniciais do segundo
tempo devem ter deixado Leão
exultante. Antes mesmo do primeiro minuto, o zagueiro Sidraílson "atropelou" Roger
dentro da área, mas o juiz não
marcou pênalti.
A seguir, Rosinei perdeu
duas oportunidades, primeiro
após um belo toque de letra de
Roger, depois na conclusão de
jogada tramada por William.
Mas o Corinthians não conseguiu manter o ímpeto e permitiu que o rival levasse perigo,
inclusive, chegando a um gol,
anulado pela arbitragem.
O time visitante então intensificou suas ações ofensivas, levando perigo ao gol de Marcelo.
Mais recuado, o Corinthians
deixava seus torcedores
apreensivos. A meta de Anderson mal era ameaçada, enquanto a retaguarda corintiana foi
duas vezes surpreendida no
"mano a mano".
Leão então sacou Roger, para
a entrada de Daniel. Como o volante Carlão também havia entrado, o time ficou com 7, dos 11
atletas em campo, formados
nas categorias de base.
Mas nem a empolgação dos
jovens contribuiu para a vibração da torcida, que só comemorou de fato quando o placar eletrônico informava os gols do
Paraná sobre o Palmeiras.
Agora na 13ª posição com 44
pontos, o Corinthians volta a
campo na quarta-feira, contra o
Atlético-PR em Curitiba.
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