São Paulo, segunda-feira, 06 de novembro de 2006

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Novatos empurram série corintiana

Com placar magro, time bate Santa Cruz no Pacaembu e pela primeira vez no ano consegue seqüência de quatro vitórias

Corinthians 1
Santa Cruz 0

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Atrás de uma série de quatro vitórias consecutivas inédita neste ano, o Corinthians tinha tudo a favor para espantar a ameaça do rebaixamento contra o Santa Cruz: um Pacaembu cheio, um rival aparentemente resignado com a lanterna e jovens jogadores cheios de vontade de mostrar serviço ao técnico Emerson Leão.
Antes da partida, o comandante -único membro da delegação corintiana a dar entrevistas- já dizia que era o "cenário propício" para os novos atletas que ele lançou desempenharem um bom papel.
E quando a bola rolou suas apostas mostraram que o prognóstico era acertado. Em boas triangulações pelas laterais, o Corinthians logo assustou o time do Recife.
Pela esquerda, o atacante Wilson, 21, se movimentava muito, dando opções de tabelas com o lateral-esquerdo César.
No outro flanco, as aproximações aconteciam entre o meia Roger -bastante avançado- e o lateral-direito Fagner, 17. Na armação, quem se destacava era Renato, 21, o principal articulador do campeão brasileiro, em virtude do posicionamento de Roger.
Nesse cenário, o gol parecia ser só questão de tempo. E a pressão corintiana surtiu efeito aos 18min de jogo. Lançado pela direita, o meia Roger invadiu a área em velocidade. Acossado pelos jogadores do time pernambucano, ele caiu e rapidamente se levantou, na tentativa de dar prosseguimento ao lance. Mas acabou perdendo a posse de bola antes de o juiz assinalar pênalti, o que gerou protestos do Santa Cruz.
Sem dar bola para as reclamações, Marcelo Mattos encheu o pé, 1 a 0.
A vantagem deu mais tranqüilidade ao Corinthians, na medida em que o Santa Cruz teve que procurar mais as ações ofensivas, dando espaço para contra-ataques.
Contudo, em um momento de cochilo da retaguarda alvinegra, o time visitante quase igualou. Bruno Lança bateu Magrão pelo alto e cabeceou na trave de Marcelo.
No intervalo, Leão mostrou-se satisfeito. "Tivemos três reais chances e aproveitamos uma. Mas, por enquanto, está bom." Mesmo assim, ele promoveu a entrada do meia William, 18, na vaga de Fagner.
Se achava bom o que o time havia feito na etapa inicial, os minutos iniciais do segundo tempo devem ter deixado Leão exultante. Antes mesmo do primeiro minuto, o zagueiro Sidraílson "atropelou" Roger dentro da área, mas o juiz não marcou pênalti.
A seguir, Rosinei perdeu duas oportunidades, primeiro após um belo toque de letra de Roger, depois na conclusão de jogada tramada por William.
Mas o Corinthians não conseguiu manter o ímpeto e permitiu que o rival levasse perigo, inclusive, chegando a um gol, anulado pela arbitragem.
O time visitante então intensificou suas ações ofensivas, levando perigo ao gol de Marcelo. Mais recuado, o Corinthians deixava seus torcedores apreensivos. A meta de Anderson mal era ameaçada, enquanto a retaguarda corintiana foi duas vezes surpreendida no "mano a mano".
Leão então sacou Roger, para a entrada de Daniel. Como o volante Carlão também havia entrado, o time ficou com 7, dos 11 atletas em campo, formados nas categorias de base.
Mas nem a empolgação dos jovens contribuiu para a vibração da torcida, que só comemorou de fato quando o placar eletrônico informava os gols do Paraná sobre o Palmeiras.
Agora na 13ª posição com 44 pontos, o Corinthians volta a campo na quarta-feira, contra o Atlético-PR em Curitiba.


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