Piloto acerta com a Renault por mais 2 anos, e Nelsinho Piquet também fica no time no ano que vem

Com anúncio da equipe, restam três vagas no grid da F-1 e três brasileiros ainda negociam para poder correr na próxima temporada

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Hamilton chega com seu McLaren, nº 1 no bico, à sede da equipe

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de meses de suspense, a Renault finalmente anunciou ontem que manterá Fernando Alonso e Nelsinho Piquet em 2009 e destravou o mercado de pilotos da F-1.
Isso porque as vagas que ainda restam no grid para a temporada do ano que vem dependiam diretamente da definição do bicampeão espanhol para poderem ser preenchidas.
Agora, restam apenas três lugares na categoria. Um na Honda, ao lado de Jenson Button, e dois na Toro Rosso, que exige dinheiro de quem chegar para "ajudar na evolução do time".
Três brasileiros ainda estão em negociação para ocupar estes postos: Rubens Barrichello, Lucas di Grassi e Bruno Senna.
Deles, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna é o que parece ter mais chances. Além de ter um teste agendado com a Honda entre os dias 17 e 19, em Barcelona, as conversas com a Toro Rosso já estão adiantadas.
Di Grassi, piloto de testes da Renault, conseguiu uma autorização da equipe franco-inglesa e também participará do teste na Espanha com a Honda.
Único com experiência na categoria -completou 268 GPs no último domingo-, Barrichello é o que menos chances tem de ficar no ano que vem.
Apesar de dizer que ainda negocia com a Honda, Nick Fry já deixou claro que o brasileiro não está em seus planos para 2009. "Vamos testar novos garotos porque é importante trazer sangue novo para a categoria", afirmou o chefe do time no final de semana, em Interlagos. "Há alguns pilotos muito bons por aí e queremos testá-los."
Barrichello ainda tenta reunir um grupo de patrocinadores para tentar um cockpit na Toro Rosso. Segundo ele, uma definição sobre seu futuro pode ficar para depois do Ano Novo.
O francês Sébastien Bourdais, que correu na Toro Rosso em 2008, o suíço Sébastien Buemi, piloto de testes, e o japonês Takuma Sato são os maiores rivais dos brasileiros.
Mas, se alguns pilotos do país ainda tentam uma vaga no próximo Mundial, Nelsinho Piquet pôde, enfim, festejar a extensão de seu contrato por outro ano.
"Tive uma temporada difícil, mas aprendi muito em meu primeiro ano na F-1 e pretendo usar isso no ano que vem", falou o brasileiro, que acabou o Mundial em 12º, com 19 pontos. Seu melhor resultado foi o segundo lugar na Alemanha.
"Quero agradecer à equipe pelo apoio e pela confiança que mostraram ter em mim para o futuro. Já estou empolgado para 2009 e não vejo a hora de começar a trabalhar durante o inverno para começar a temporada mais forte", disse Nelsinho.
Já seu companheiro, Alonso, que tinha definido seu futuro depois que Ferrari, McLaren e BMW haviam anunciado suas duplas, mas que segurou o anúncio de sua escolha, renovou por mais duas temporadas.
"Decidi ficar na Renault porque sempre foi minha primeira opção e me sinto feliz e confortável na equipe", disse o espanhol, quinto no Mundial de Pilotos e que chegou em segundo no GP Brasil, domingo passado.
"Minhas vitórias em Cingapura e no Japão e o resultado em São Paulo mostraram que podemos ser competitivos."