São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

UM TIME IMUNE

Em ano turbulento, Corinthians resiste a má fase, mudanças no elenco, desavenças internas e chega ao fim da temporada como favorito ao título

Ricardo Nogueira/Folhapress
O goleiro corintiano Júlio César brinca em treino

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

Para chegar ao último mês do Campeonato Brasileiro com (grandes) chances de ser campeão, o Corinthians precisou sobreviver a ele mesmo.
Foram incontáveis os incêndios que clube, diretoria, comissão técnica e time conseguiram apagar em 2011. Houve eliminação vexatória, debandada de ídolos, ameaças violentas da torcida, brigas internas, apostas caras que não vingaram.
Tudo isso em ano eleitoral (o pleito será em fevereiro) e em meio à tensão gerada pela construção do Itaquerão e sua escolha para ser a sede da abertura da Copa-2014.
E o Corinthians sobreviveu.
Hoje, às 17h, em Uberlândia, o clube enfrenta o América-MG para se firmar por mais uma rodada na liderança do torneio e afastar de vez qualquer possibilidade de uma nova crise no fim do ano.
"A maior, que mais queimou na pele e que ainda dói, foi a Libertadores", disse o técnico Tite. "E o grande responsável por não ter crise é o presidente Andres Sanchez."
Só no primeiro trimestre deste ano, o clube teve que lidar com a perda da Libertadores e as saídas de Ronaldo, Roberto Carlos e Jucilei.
Houve ainda a perda do Paulista, a contratação frustrada de Adriano e vários protestos (alguns violentos) de torcidas organizadas na porta do centro de treinamento.
O último problema foi o afastamento de Chicão do time. Líder, capitão e batedor de faltas e pênaltis, o zagueiro não gostou de ter sido sacado da equipe titular.
Recusou-se a ficar no banco contra o São Paulo, foi atendido, e voltou a treinar sem que o caso virasse uma crise interna. Hoje, será titular novamente por causa das suspensões de Paulo André e Leandro Castán. O capitão nesta tarde será Alessandro.
No Parque São Jorge, o consenso agora é o de que Andres acertou ao não demitir Tite, apesar do clamor que havia a favor da demissão do técnico, mesmo entre os aliados do presidente corintiano.
A outra certeza no clube é que a ausência de "medalhões" como Ronaldo e Roberto Carlos também ajudou.
Sem astros, o grupo ficou mais dócil ao comando de Tite. Mostrou ter mais "fome" de ser campeão brasileiro.
Emergiram lideranças, como Alessandro, Paulo André e Danilo, que ainda não conquistaram títulos pelo clube e foram fundamentais nos momentos-chave para o Corinthians nesta temporada.

NA TV
América-MG x Corinthians
17h Band e Globo


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Tite não inclui medalhões em formação ideal
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.