MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao ser anunciado, o técnico Caio Jr. tinha como ideal trabalhar com 28 jogadores. Mas mesmo com as várias dispensas e negociações, o elenco ainda é numeroso. Deve ficar em 34 nesse início de trabalhos.
Na reapresentação da última quarta, 25 atletas estavam presentes. Amaral e David estão na seleção sub-20. Conforme o passo das negociações, o elenco se fecha com o volante Martinez, o lateral-esquerdo Leandro, o meia Caio e os atacantes Carlinhos Bala e Florentín.
Há também os casos de Roger Bernardo e Thiago Treixel, jogadores que ainda não sabem se ficam. O técnico deverá avaliá-los no início da temporada para saber se os aproveitará.
O clube ainda tenta um zagueiro, a princípio Gustavo, cuja transferência é tida como difícil devido a um acordo anterior com o Schalke (ALE).
A diretoria do Palmeiras, porém, salienta que a responsabilidade sobre o elenco está toda nas mãos do planejamento de Caio Jr., que selecionou os reforços e fez a triagem do time.
"Minha função é apenas executiva", afirma Gilberto Cipullo, diretor de futebol. "Identificamos as carências, e o Caio me passa os nomes, que a gente contrata dentro das possibilidades financeiras. Minha opinião não entra na questão, senão eu não teria técnico."
Além disso, ainda resta à diretoria equacionar os salários atrasados. A promessa é pagar até o fim desta semana os meses de novembro e dezembro.
"Atrasar salário não é nenhum demérito. Sou advogado, trabalho com empresas e muitas atrasam, é um problema do país. Os reforços não aumentam o problema financeiro, pois estamos contratando por empréstimo", afirma Cipullo.
A folha salarial já foi bastante aliviada com a saída de jogadores caros, como o meia Juninho, que foi para o Flamengo, e o goleiro Sérgio, que rescindiu seu vínculo, entre outros.
Além disso, a média de idade do grupo, que já teve mais de 40 atletas, caiu com o aproveitamento de atletas da base. Em 2006, o Palmeiras era conhecido pelos trintões. Entre os prováveis titulares, apenas Marcos, Paulo Baier e Edmundo podem ser chamados assim.
"Com a Lei Pelé, você não pode investir tanto em jogadores perto dos 30 anos, senão você não tem retorno", afirma Cipullo, consoante com o treinador.
Ontem mais uma bateria de jogadores foi ao Hospital do Coração para exames médicos. Do dia 11 ao dia 15, a equipe vai para Monte Sião (MG), perto de Águas de Lindóia, para completar a pré-temporada.


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