Mentor intelectual

É voz corrente na Polícia Federal que empresários são os principais responsáveis nos casos de jogadores suspeitos de evasão de divisas e sonegação fiscal. Resultado da investigação sobre MSI e Corinthians. Para os policiais, os atletas não têm conhecimento e tempo para cuidar de abertura de contas no exterior e de declarações de Imposto de Renda. Agora a PF aperta o cerco em torno dos agentes. Como trabalham com diversos jogadores, há possibilidade de atletas que não estavam na parceria serem envolvidos.

Eterno. O site da Globus Brasil, empresa de aparelhos usados em tratamentos de lesões, exibia ao menos até ontem imagens de Vanderlei Luxemburgo, do fisioterapeuta Filé, do goleiro Fábio Costa e do meia Zé Roberto. Todos com a camisa do Santos. Só que as máquinas já foram levadas do CT do clube por Filé, agora no Palmeiras.

Recordar é... Em fevereiro de 2007, Luxemburgo e Filé apresentaram com pompa a parceria entre o Santos e a Globus. O site do clube registou a aquisição da aparelhagem sem ônus. Na ocasião, não foi explicado que se tratava de comodato, como alegou o fisioterapeuta após as queixas de Leão.

Algo em comum. O lateral Élder Granja, reforço do Palmeiras, é agenciado por Gilmar Veloz, o mesmo empresário que tratou da transferência de Luxemburgo para o Parque Antarctica.

Contraprova. Exames que revelaram que o fígado de Adriano não foi afetado pelo álcool foram feitos no segundo semestre de 2007 por iniciativa do atleta e de seu agente, Gilmar Rinaldi. Estavam preocupados com os comentários de que o atacante exagerava na bebida.

Tentáculos. Internacional, Vasco, Fluminense, Flamengo e Atlético-MG são os outros times, além do Corinthians, que já aparecem nas investigações da PF. A polícia identificou negócios da MSI com todos eles.

Alerta. O anúncio de que o Corinthians quer romper com a MSI não fez a PF relaxar. Ela continua monitorando as negociações do clube. Acredita, porém, que agora o cuidado será redobrado para não infringir nenhuma lei.

Cofre raspado. Cartolas corintianos dizem que o clube ofereceu R$ 85 mil mensais a Rodrigo Souto. E que o Santos rebateu com R$ 150 mil.

Salgado. A cúpula corintiana não demonstra arrependimento por ter abandonado a disputa por Souto. Avalia que os santistas fizeram loucura ao pagar tanto por ele.

No ar. Em defesa de sua emenda ao projeto da TV pública, Silvio Torres diz que os esportes paraolímpicos teriam destaque na TV aberta.

Na faixa. A emenda do deputado tucano proíbe a exibição só na TV por assinatura de competições com o Brasil. Os direitos seriam cedidos de graça ao canal estatal.

Dividida

"Pensei que o Ilton José da Costa era pago para atender o Corinthians, não o Renato Duprat"