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Em ano de queda, Corinthians vale R$ 2 bi na mídia
Camisa do clube, cotada a R$ 16,5 milhões anuais, ocupa espaço bilionário de jornais e TVs em dez meses de 2007
Análise feita por empresa especializada mostra que luta contra o rebaixamento faz exposição crescer como se fosse disputa por título
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano do maior vexame de
sua história dentro de campo e
de inúmeros escândalos protagonizados por sua diretoria, o
Corinthians apareceu, e bastante. O espaço ocupado pelo
clube nas TVs e nos jornais nos
dez primeiros meses de 2007
equivale a mais de R$ 2 bilhões.
É o que aponta estudo formulado pela Informídia Pesquisas Esportivas, empresa especializada em quantificar o
valor da exposição de marcas e
que desde 1997 faz relatório
anual sobre clubes brasileiros.
A análise é vendida aos departamentos de marketing das
equipes. Sua última edição, que
abrange o período de janeiro a
outubro do ano passado -os
relatórios dos últimos dois meses ainda não foram fechados-,
aponta uma exposição maciça
do rebaixado Corinthians.
Os R$ 2.139.175.358,48 são
referentes a quanto o clube teve de propaganda "gratuita", ou
seja, o valor que teria de gastar
se quisesse ocupar o mesmo espaço nas TVs abertas e fechadas e em jornais com anúncios
publicitários diretos.
Segundo a empresa, o Corinthians costuma liderar o ranking dos 12 clubes mais expostos anualmente, fator potencializado pelo calvário corintiano
durante o Brasileiro-2007.
"Normalmente o Corinthians lidera esse ranking. Só
perde, às vezes, para o São Paulo", explica Antônio Lauletta,
diretor da Informídia. Segundo
a empresa, o índice de exposição de um clube aumenta de
acordo com sua campanha. Para o bem ou para o mal.
O interesse dos veículos de
comunicação por um determinado clube cresce se ele estiver
disputando um título ou se estiver correndo risco de um grande fracasso. "A mídia fala mais
de quem está no topo ou na rabeira do que de quem está no
meio da tabela", diz Lauletta.
A análise de exposição leva
em conta o número de jogos, ao
vivo e em VT, e as reportagens
transmitidos pelas emissoras e
o espaço ocupado pelo clube
em publicações impressas. E
usa valores que seriam cobrados pelos veículos de comunicação por uso de espaço equivalente para aferir quanto vale o
total dessa exposição na mídia.
Para o Corinthians, o relatório serviu para fazer a diretoria
cobiçar melhores patrocínios.
O presidente Andres Sanchez se mostrava insatisfeito
com os US$ 485 mil (cerca de
R$ 850 mil) mensais pagos pela
Samsung. Depois do rebaixamento, a empresa tentou reduzir ainda mais o valor, e o contrato acabou rescindido.
De posse do estudo, o Corinthians pleiteou no mercado
contrato melhor. Fechou acordo com a Medial Saúde, por R$
16,5 milhões anuais e espera
outros R$ 5 milhões com publicidade nas mangas da camisa.
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