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São Paulo, sem astros, vê mais um repatriado jogar
Clube do Morumbi, que vai na contramão dos rivais e não traz jogadores de seleção, enfrenta o Santos de Robinho
No ano passado, equipe tricolor perdeu o Paulista para o Corinthians, de Ronaldo, e o Brasileiro para o Flamengo, de Adriano
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Robinho, a mais recente estrela a deixar a Europa para se
autoexilar no futebol brasileiro, reestreia hoje pelo Santos.
Às 17h, na Arena Barueri, o
atacante vai reencontrar o São
Paulo, único grande clube paulista e um dos poucos do Brasil
a não ter repatriado atletas caros e famosos recentemente.
O Corinthians buscou Ronaldo e Roberto Carlos, o Palmeiras trouxe Vagner Love, que
hoje está no Flamengo de
Adriano. O Fluminense tem
Fred. E o Santos, agora, Robinho. Todos, com exceção de Love, defenderam a seleção brasileira na Copa da Alemanha.
O São Paulo trilha outro caminho. Seu departamento de
marketing aposta apenas no
clube, nunca num jogador isolado. Também mantém há anos
a mesma forma de jogar e uma
base que pouco muda.
Desde que Adriano deixou o
clube do Morumbi para voltar à
Inter de Milão, no meio de
2008, o São Paulo parou de repatriar jogadores de destaque.
Não que não tenha tentado, até
com atletas de menor projeção.
Cobiçou Fred, que trocou o
Lyon pelo Fluminense. Sonhou
com Nilmar, que foi do Lyon
para o Internacional e de lá para o Villarreal, foi ultrapassado
pelo Goiás na corrida por Fernandão e, recentemente, tentou sem sucesso atravessar a
volta de Robinho para o Santos.
"A gente já sabia que seria
muito difícil concretizar essa
transação [do Robinho], porque havia a prioridade natural
do Santos", falou o vice de futebol do clube tricolor, Carlos
Augusto Barros e Silva, o Leco.
Segundo o cartola, a exclusão
do São Paulo do grupo que repatriou estrelas é fruto do acaso. "Não existe nada preconcebido, depende das circunstâncias, de vários fatores. É acaso."
Leco sustenta, na verdade,
que o São Paulo faz parte, sim,
desse grupo. "Trouxemos o
Adriano antes do Flamengo,
por exemplo. E, agora, o Alex
Silva, um zagueiro de seleção",
diz, sobre o beque que estava no
Hamburgo. Também chegou o
meia Cléber Santana, que defendia o Atlético de Madri.
Toda vez que se abre uma janela de transferências, dois nomes soam no Morumbi. Um como sonho, Luis Fabiano, titular
da seleção e artilheiro do Se-
villa. "O São Paulo o quer quando ele puder voltar", afirma Leco. "Mas sabemos que é muito
difícil, muito distante."
O outro, Ricardo Oliveira,
que hoje defende o Al-Jazira,
do Qatar, é mais palpável. "Este
nós nunca escondemos que
gostaríamos de ter."
Para o técnico Ricardo Gomes, o jogo de hoje não será um
duelo entre as individualidades
do Santos e o jogo coletivo do
São Paulo. "Eu não faço essa separação", declara o treinador,
para quem Dagoberto está no
mesmo grupo de Robinho.
"Muitas vezes já armei times
abertos para tentar explorar
um talento. Às vezes, você é
obrigado a apostar num jogador, buscar o um contra um."
NA TV - São Paulo x Santos
Globo e Band, ao vivo, às 17h
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