São Paulo, domingo, 07 de fevereiro de 2010

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São Paulo, sem astros, vê mais um repatriado jogar

Clube do Morumbi, que vai na contramão dos rivais e não traz jogadores de seleção, enfrenta o Santos de Robinho

No ano passado, equipe tricolor perdeu o Paulista para o Corinthians, de Ronaldo, e o Brasileiro para o Flamengo, de Adriano

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Robinho, a mais recente estrela a deixar a Europa para se autoexilar no futebol brasileiro, reestreia hoje pelo Santos.
Às 17h, na Arena Barueri, o atacante vai reencontrar o São Paulo, único grande clube paulista e um dos poucos do Brasil a não ter repatriado atletas caros e famosos recentemente.
O Corinthians buscou Ronaldo e Roberto Carlos, o Palmeiras trouxe Vagner Love, que hoje está no Flamengo de Adriano. O Fluminense tem Fred. E o Santos, agora, Robinho. Todos, com exceção de Love, defenderam a seleção brasileira na Copa da Alemanha.
O São Paulo trilha outro caminho. Seu departamento de marketing aposta apenas no clube, nunca num jogador isolado. Também mantém há anos a mesma forma de jogar e uma base que pouco muda.
Desde que Adriano deixou o clube do Morumbi para voltar à Inter de Milão, no meio de 2008, o São Paulo parou de repatriar jogadores de destaque. Não que não tenha tentado, até com atletas de menor projeção.
Cobiçou Fred, que trocou o Lyon pelo Fluminense. Sonhou com Nilmar, que foi do Lyon para o Internacional e de lá para o Villarreal, foi ultrapassado pelo Goiás na corrida por Fernandão e, recentemente, tentou sem sucesso atravessar a volta de Robinho para o Santos.
"A gente já sabia que seria muito difícil concretizar essa transação [do Robinho], porque havia a prioridade natural do Santos", falou o vice de futebol do clube tricolor, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.
Segundo o cartola, a exclusão do São Paulo do grupo que repatriou estrelas é fruto do acaso. "Não existe nada preconcebido, depende das circunstâncias, de vários fatores. É acaso."
Leco sustenta, na verdade, que o São Paulo faz parte, sim, desse grupo. "Trouxemos o Adriano antes do Flamengo, por exemplo. E, agora, o Alex Silva, um zagueiro de seleção", diz, sobre o beque que estava no Hamburgo. Também chegou o meia Cléber Santana, que defendia o Atlético de Madri.
Toda vez que se abre uma janela de transferências, dois nomes soam no Morumbi. Um como sonho, Luis Fabiano, titular da seleção e artilheiro do Se- villa. "O São Paulo o quer quando ele puder voltar", afirma Leco. "Mas sabemos que é muito difícil, muito distante."
O outro, Ricardo Oliveira, que hoje defende o Al-Jazira, do Qatar, é mais palpável. "Este nós nunca escondemos que gostaríamos de ter."
Para o técnico Ricardo Gomes, o jogo de hoje não será um duelo entre as individualidades do Santos e o jogo coletivo do São Paulo. "Eu não faço essa separação", declara o treinador, para quem Dagoberto está no mesmo grupo de Robinho. "Muitas vezes já armei times abertos para tentar explorar um talento. Às vezes, você é obrigado a apostar num jogador, buscar o um contra um."


NA TV - São Paulo x Santos
Globo e Band, ao vivo, às 17h




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