São Paulo, segunda-feira, 07 de fevereiro de 2011

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Acidente destrói mão de Kubica

F-1
Piloto da Renault bate carro durante rali e sofre fraturas múltiplas na perna e no braço


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma das maiores promessas da F-1, o polonês Robert Kubica corre o risco de não poder mais guiar após sofrer um grave acidente ontem, durante uma etapa do rali Ronde di Andora, na Itália.
Segundo comunicado da Renault, ele sofreu fraturas múltiplas no braço, na perna e na mão direita. A maior preocupação dos médicos é justamente com sua mão -sua vida não corre risco.
"Os cirurgiões estão tentando restabelecer as funções da mão", disse Danielle Morelli, agente de Kubica.
"Já conseguiram revascularizar a artéria e reduziram as fraturas. Agora estão pensando nas funções musculares. Infelizmente o impacto do guard rail causou sérios danos. Mas Robert tem um temperamento forte e tudo correrá bem", completou.
O acidente aconteceu na manhã de ontem, quando o Skoda Fabia S2000 que o polonês pilotava passou por cima de um tronco de árvore e chocou-se contra o muro de uma pequena igreja na cidade de San Lorenzo. O asfalto molhado também teria contribuído para o acidente.
Após a batida, o carro rodou e se chocou com o guard rail, que perfurou a parte da frente do modelo, acertando o lado direito de Kubica, 26.
O carro foi apreendido pela polícia para se determinarem os motivos da batida.
De acordo com organizadores do rali, o piloto ficou preso em seu carro por mais de uma hora até que o socorro especializado o retirasse.
Seu copiloto, o também polonês Jakub Gerber, saiu ileso do acidente. "Eu estava olhando as anotações e não vi o que aconteceu. Após o impacto olhei para o Robert e ele segurava o braço, mas logo ficou inconsciente."
Depois de retirado das ferragens, Kubica foi levado de helicóptero para o hospital Santa Corona de Pietra Lígure, onde foi operado.
"O maior perigo é que nos próximos cinco ou sete dias ele tenha problemas vasculares. Talvez uma nova cirurgia seja necessária", disse Igor Rossello, médicos que o operou. Segundo ele, a recuperação deve durar um ano.
Apaixonado por ralis, Kubica voltou a competir em suas horas vagas depois de trocar a BMW pela Renault, no fim de 2009, já que a equipe alemã não permitia, por contrato, que ele participasse de competições deste tipo.
Esta, aliás, foi uma das condições para ele assinar contrato com a Renault, já que nenhum dos times grandes (Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes) permite que seus pilotos pratiquem esportes perigosos como rali, motociclismo, entre outros.
Mais veloz na última sessão de treinos da F-1, na última quinta-feira, o piloto já está fora da próxima sessão de testes coletivos, que começa nesta quinta-feira, em Jerez, no sul da Espanha.
Sua participação na abertura do Mundial, no dia 13 de março, no Bahrein, também já está fora de cogitação.


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