São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

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Adriano salva safra de reforços

Dos sete contratados do São Paulo para esta temporada, atacante é quem mais funciona na equipe

Alvo da mágoa do jogador, superintendente diz que tem que fazer o papel de "chato" e que declaração foi tirada de contexto original


DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia após vencer o Audax Italiano por 2 a 1 de virada, o São Paulo conseguiu apaziguar um início de crise interna. Adriano, autor dos dois gols, pode desfrutar de elogios novamente pela atuação decisiva anteontem, pela Libertadores.
E, comparado aos outros seis jogadores contratados pelo clube na temporada, a constatação é que o atacante, problemático em alguns momentos, é também a aposta que mais dá certo no clube que se vangloria de errar pouco nos reforços.
Um exemplo pode ser visto na partida de ontem. Mesmo tendo dois laterais-direitos aptos para a partida (Éder e Joilson), Muricy Ramalho improvisou o volante Zé Luís.
O resultado deu certo, a ponto de o atleta ser considerado pelo goleiro e capitão Rogério o melhor jogador em campo.
Já o atacante Éder Luís e o volante Fábio Santos ainda não se encaixaram. O primeiro chegou há apenas dois jogos e ainda carece de entrosamento, além de não estar inscrito no Paulista. Já Fábio Santos tem o segundo melhor acerto de passes do Estadual (92,3% em 11 jogos, contra Serginho, do Ituano, 92,8% em dez), mas ainda não se acertou com o companheiro de contenção Hernanes. O setor, aliás, foi o melhor do Brasileiro quando Richarlyson ainda atuava ali -hoje ele vai na zaga e na lateral-esquerda.
Por fim, o meia Carlos Alberto ainda se vê às voltas com problemas de saúde, que o impedem de atuar no peso ideal.
Mas é verdade que a turbulência de Adriano ainda está sendo contornada. Após a vitória sobre o Audax, o atleta, autor de seis gols em 12 jogos pelo São Paulo, ficou sabendo que foi chamado de "marrento do bem" pelo superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha e mostrou que guarda mágoa.
Para Marco Aurélio, a frase foi tirada de contexto, e o atacante compreendeu mal. "O Adriano é daquele jeito: ou você compartilha da maneira dele de ser ou você está errado. Mas alguém ter que dar a linha de conduta, e o papel do chato é meu. Mas fiquei feliz por ele."


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