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FUTEBOL
Preocupado com superlotação da Vila no domingo, clube pede reforço à PM e liberação do sinal de TV para a Baixada
Santos esgota ingressos e teme invasões
TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Em pouco menos de quatro horas, os 17 mil ingressos para o jogo
entre Santos e Portuguesa se esgotaram, ontem. Houve tumulto entre torcedores e policiais na Vila
Belmiro e no escritório do clube
em São Paulo. Algumas pessoas
passaram mal com o aglomerado.
A procura fez o Santos temer incidentes no jogo que pode tirá-lo
da fila de 21 anos no Paulista.
Ontem, o presidente do clube,
Marcelo Teixeira, convocou uma
reunião com a Polícia Militar para
otimizar o esquema de segurança
proposto para a decisão. Cerca de
400 homens trabalharão no jogo
-há a chance de o efetivo crescer
com homens da capital paulista.
O receio do Santos é que haja
uma invasão de torcedores sem
ingressos na Vila Belmiro antes da
partida de domingo.
Outra medida adotada por Teixeira foi pedir a conselheiros e associados que evitem o acesso ao
estádio de parentes e convidados
portando somente credenciais.
Para também evitar tumultos
pré-jogo, o Santos solicitou à TV
Globo a liberação das imagens da
partida contra a Portuguesa também para a Baixada Santista. O jogo previsto para a região é Ituano
x São Paulo, em Mogi Mirim.
Teixeira pediu ao presidente da
Federação Paulista de Futebol,
Marco Polo Del Nero, que intercedesse junto à Globo para que a
medida fosse colocada em prática. O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, e a polícia local
também entraram em contato
com a emissora, argumentando
que a liberação do sinal era uma
questão de segurança pública.
O problema é o contrato que o
clube assinou com a Globo e o setor de pay-per-view, cuja partida
de domingo integra o pacote.
A Globo informou que, por
questões técnicas, a transmissão
ou não precisa ser decidida hoje.
O Santos vinha tomando precauções antes mesmo do rápido
esgotamento dos ingressos. Tanto
que colocou 3.000 bilhetes a menos que a capacidade total da Vila
Belmiro, que é de 20 mil pessoas.
Segundo o clube, a venda correu
sem casos graves de violência.
Ao menos 10 mil dos 17 mil bilhetes colocados à venda não foram para os guichês da Vila Belmiro: 5.000 foram reservados para sócios, 3.000 foram cadeiras
compradas por patrocinadores,
mil foram enviados para venda
em São Paulo, 500 foram para um
dos patrocinadores e outros 500
para a torcida da Portuguesa.
No escritório do Santos em São
Paulo, os ingressos acabaram em
dez minutos -à noite, o clube recuou e disse que o período foi
maior, mas sem detalhar quanto,
após ter sido confrontado pela
Folha, que ouviu um especialista
em venda de ingressos, para
quem seria impossível vender
8.000 bilhetes no prazo inicialmente informado.
Um número não divulgado de
entradas foi enviado para as torcidas organizadas. As filas, que chegaram a dar três voltas ao redor da
Vila Belmiro, começaram às 6h.
No término da venda, perto das
13h, os torcedores que estavam
nas filas se revoltaram e protestaram até as 16h. Alguns tentaram
invadir a Vila, mas foram contidos pela PM, que estimou entre
3.000 e 5.000 pessoas o número de
fãs que passaram pelo estádio.
Com a Agência Folha, em Santos
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