São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2008

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Apesar de "ajuda", Corinthians falha e morre na praia

Mais uma vez, time alvinegro não cumpre sua obrigação, perde de virada em Bauru e fica fora da disputa do título

Noroeste 3
Corinthians 2


EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A BAURU

O Corinthians, de novo, não fez sua parte. O Santos deu sua mão ao alvinegro do Parque São Jorge. O Paulista-2008 acabou para o Corinthians, que morreu por falha própria.
O time de Mano Menezes, que precisava vencer para ir às semifinais, conseguiu virar o jogo, mas sofreu a virada nos minutos finais, enquanto o Santos, que não poderia perder para a Ponte Preta para dar a vaga aos corintianos, igualou o marcador no final.
Mais uma vez, assim como ocorreu várias vezes nos últimos anos, o Corinthians não conseguiu chegar, mesmo sendo ajudado por terceiros por não ter cumprido sua missão, que era vencer seu rival.
Restou à diretoria e à comissão técnica dizer que o time atuou no limite e não avançou por "detalhes". "Um torneio com pontos corridos, como foi a fase de classificação, mostra a realidade de cada equipe", lamentou o treinador corintiano. "Ninguém esperava que fôssemos chegar com chances à última rodada. Agora é concentrar forças nas outras competições", disse o goleiro Felipe.
A partida teve início, pontualmente, às 16h. Logo com um minuto de partida, o Corinthians carimbou a trave do Noroeste, com André Santos, que desperdiçou chance incrível.
Aos 10min, a torcida corintiana, maioria do estádio Alfredo de Castilho, festejou "seu" primeiro gol, com o anúncio nos alto-falantes da abertura do placar feita pelo Santos contra a Ponte Preta. A essa altura, bastava ao time de Mano Menezes a vitória para avançar.
Os corintianos até tentaram, tomavam a iniciativa de atacar, mas não demonstravam competência para chegar ao gol.
O Noroeste, ao contrário, quando teve sua primeira chance real, aproveitou. Aos 30min, Edno recebeu na área e, com um leve toque, encobriu Felipe para abrir o placar. Começava o martírio corintiano.
Quatro minutos depois de sofrer o gol em Bauru, os corintianos "levaram" o empate na Vila Belmiro. Gol da Ponte.
Ainda assim, o time do Parque São Jorge continuava a depender só dele para avançar.
O zagueiro Carlão se contundiu, e Mano aproveitou para mudar o esquema. Pôs Finazzi.
Logo depois, o anúncio do gol são-paulino no Morumbi. Nas arquibancadas, a torcida pedia "raça" aos comandados de Mano. Isso eles demonstraram. Faltava qualidade. Mas ela apareceu, aos 43min, em cobrança de falta de André Santos, que contou com a colaboração do goleiro Fabiano. Pouco depois, gol de Rogério no Morumbi. O Corinthians só tinha olhos para a Vila e, claro, para Bauru.
Enquanto o alvinegro pressionava, aos 12min do segundo tempo, o Palmeiras fazia 2 a 0 no Barueri e tirava de vez o adversário da disputa pela vaga. Em Bauru, o ataque corintiano ao rival era feito na base da raça, com o apoio da torcida.
Mas o gol não veio.
Quem marcou, na verdade, foi a Ponte Preta, que, aos 14min da segunda etapa, virou sobre o Santos. Os gritos de "eliminado" ecoaram pelo estádio Alfredo de Castilho.
O Corinthians não desanimou. Continuou em cima. E, em boa troca de passes, Finazzi virou para os corintianos, aos 29min. Atenção na Vila. Mas desatenção com Edilton, que, num belo chute, igualou o placar em Bauru, aos 32min.
Aí, o Corinthians murchou.
E Leandrinho pôs a pá de cal na esperança alvinegra quando virou de novo para o Noroeste, aos 42min. Ironia do destino, o Santos empatou no final.


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