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Apesar de "ajuda", Corinthians falha e morre na praia
Mais uma vez, time alvinegro não cumpre sua obrigação, perde de virada em Bauru e fica fora da disputa do título
Noroeste 3
Corinthians 2
EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A BAURU
O Corinthians, de novo, não
fez sua parte. O Santos deu sua
mão ao alvinegro do Parque
São Jorge. O Paulista-2008
acabou para o Corinthians, que
morreu por falha própria.
O time de Mano Menezes,
que precisava vencer para ir às
semifinais, conseguiu virar o
jogo, mas sofreu a virada nos
minutos finais, enquanto o
Santos, que não poderia perder
para a Ponte Preta para dar a
vaga aos corintianos, igualou o
marcador no final.
Mais uma vez, assim como
ocorreu várias vezes nos últimos anos, o Corinthians não
conseguiu chegar, mesmo sendo ajudado por terceiros por
não ter cumprido sua missão,
que era vencer seu rival.
Restou à diretoria e à comissão técnica dizer que o time
atuou no limite e não avançou
por "detalhes". "Um torneio
com pontos corridos, como foi
a fase de classificação, mostra a
realidade de cada equipe", lamentou o treinador corintiano.
"Ninguém esperava que fôssemos chegar com chances à última rodada. Agora é concentrar
forças nas outras competições", disse o goleiro Felipe.
A partida teve início, pontualmente, às 16h. Logo com
um minuto de partida, o Corinthians carimbou a trave do Noroeste, com André Santos, que
desperdiçou chance incrível.
Aos 10min, a torcida corintiana, maioria do estádio Alfredo de Castilho, festejou "seu"
primeiro gol, com o anúncio
nos alto-falantes da abertura
do placar feita pelo Santos contra a Ponte Preta. A essa altura,
bastava ao time de Mano Menezes a vitória para avançar.
Os corintianos até tentaram,
tomavam a iniciativa de atacar,
mas não demonstravam competência para chegar ao gol.
O Noroeste, ao contrário,
quando teve sua primeira
chance real, aproveitou. Aos
30min, Edno recebeu na área e,
com um leve toque, encobriu
Felipe para abrir o placar. Começava o martírio corintiano.
Quatro minutos depois de
sofrer o gol em Bauru, os corintianos "levaram" o empate na
Vila Belmiro. Gol da Ponte.
Ainda assim, o time do Parque São Jorge continuava a depender só dele para avançar.
O zagueiro Carlão se contundiu, e Mano aproveitou para
mudar o esquema. Pôs Finazzi.
Logo depois, o anúncio do gol
são-paulino no Morumbi. Nas
arquibancadas, a torcida pedia
"raça" aos comandados de Mano. Isso eles demonstraram.
Faltava qualidade. Mas ela apareceu, aos 43min, em cobrança
de falta de André Santos, que
contou com a colaboração do
goleiro Fabiano. Pouco depois,
gol de Rogério no Morumbi. O
Corinthians só tinha olhos para
a Vila e, claro, para Bauru.
Enquanto o alvinegro pressionava, aos 12min do segundo
tempo, o Palmeiras fazia 2 a 0
no Barueri e tirava de vez o adversário da disputa pela vaga.
Em Bauru, o ataque corintiano
ao rival era feito na base da raça, com o apoio da torcida.
Mas o gol não veio.
Quem marcou, na verdade,
foi a Ponte Preta, que, aos
14min da segunda etapa, virou
sobre o Santos. Os gritos de
"eliminado" ecoaram pelo estádio Alfredo de Castilho.
O Corinthians não desanimou. Continuou em cima. E,
em boa troca de passes, Finazzi
virou para os corintianos, aos
29min. Atenção na Vila. Mas
desatenção com Edilton, que,
num belo chute, igualou o placar em Bauru, aos 32min.
Aí, o Corinthians murchou.
E Leandrinho pôs a pá de cal
na esperança alvinegra quando
virou de novo para o Noroeste,
aos 42min. Ironia do destino, o
Santos empatou no final.
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