São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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que fase!

Melhor do mundo no melhor dia

Messi faz quatro gols no Arsenal, três espetaculares, e assombra a Copa dos Campeões e o planeta

Nos 4 a 1 do Barcelona de virada no Camp Nou, craque argentino atinge marcas impressionantes e seu auge a quase dois meses da Copa

Albert Gea/Reuters
O atacante, que em apenas 21minutos no 1º tempo marcou três vezes, festeja o segundo gol

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

E o melhor jogador do mundo teve o seu melhor dia.
Ontem, um atacante argentino de 22 anos que desde adolescente era comparado com Maradona fez mais que quatro gols nas quartas de final do mais badalado interclubes do planeta. Messi fez história com números e com um repertório único.
O melhor jogador do mundo de 2009, a quase dois meses da Copa do Mundo, fez um gol com um petardo de canhota, um gol "comum" de direita (seu ponto fraco), um gol magistral por cobertura e um gol driblando rivais e jogando a bola no meio das pernas do goleiro.
O Arsenal vencia por 1 a 0, gol de Bendtner, mas perdeu as esperanças de avançar na Copa dos Campeões ainda no primeiro tempo diante do show de Messi, que levantou os mais de 90 mil torcedores no Camp Nou, quase todos movimentando os braços para a frente e para trás, reverenciando um gênio.
"Messi é um jogador de PlayStation. Não conheço muitos jogadores capazes de fazer o quarto gol que ele fez. É muito jovem e pode conseguir grandes coisas. Ainda tem seis ou sete anos no mais alto nível e pode marcar uma época. Ele faz coisas impossíveis serem possíveis", disse Arsène Wenger, técnico francês do Arsenal que tanto preza pelo futebol-arte.
Messi nunca tinha feito quatro gols em partidas oficiais como profissional. Como meia- -atacante, nem tinha como meta ser goleador. Mas chegou a 39 tentos na temporada em 42 partidas, sendo que oito gols no mais estelar dos interclubes.
"Sinto muita alegria, estou alegre pela vitória. É preciso continuar trabalhando. Há uma partida importante pela frente [contra o Real Madrid, no Santiago Bernabéu, pelo Espanhol]", disse um humilde Messi, grande esperança da Argentina para ganhar o Mundial e se igualar de vez a Maradona.
Ontem, ele percorreu 9,91 km em campo, quase sempre pelo meio, não pelas pontas, como fez tantas vezes no Barcelona. Finalizou oito vezes, seis certas, quatro no fundo das redes. Deu 40 passes e acertou 33, aproveitamento de 83%. Em 2009, ano em que venceu a eleição da Fifa, não fez uma apresentação tão impactante assim.
"Quando ele arranca, é inalcançável", declarou Silvestre, experiente zagueiro do Arsenal, um dos jogadores que mais sofreram ontem com Messi.
"Somos um time de Copa dos Campeões. Chegamos a quatro semifinais nos últimos cinco anos e, mais, temos um gênio estelar: Messi", disse Joan Laporta, presidente do Barcelona.
O site do diário argentino "Clarín" já destacava ontem após o jogo que "Messi deu um salto a mais em sua genialidade". E a Argentina era o país que mais desconfiava de Messi.


Com agências internacionais

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