São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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PAINEL FC

Xeque-mate
Luiz Felipe Scolari avalia que venceu a guerra contra Romário quando o vascaíno chorou ao lado de Eurico Miranda. Na opinião do técnico, os ataques do deputado ao seu trabalho na seleção, ao mesmo tempo em que o jogador pedia perdão, funcionaram para mostrar às pessoas quem estava do lado certo.

Brother
Ex-delegado, Antonio Lopes se mostrava bem-humorado ontem. Abriu a convocação às 13h58, dois minutos antes do previsto, com um descontraído "Boa tarde, rapaziada".

Entre amigos
Se não pôde contar com a presença de Teixeira, Scolari trocou afagos com Sebastião Bastos. O técnico era atleta do CSA quando o presidente interino da CBF dirigia o clube alagoano.

Rigidez militar
A comissão técnica divulgou a programação da seleção. Do dia 13 de maio a 1º de junho, antevéspera da estréia, os atletas treinarão em dois períodos, com ênfase na parte física.

Fenômeno
O técnico da seleção insinuou que o protesto de sexta por Romário foi armado. "Foi um fenômeno de massa", disse, sobre a rapidez com que a manifestação se formou em frente à CBF.

Oração
Ontem, cerca de 60 pessoas, a maioria de evangélicos, pediram Romário. Adolescentes, entre palavras de ordem, dançavam funk na rua da Alfândega.

Sparring
Maior surpresa da lista, Vampeta protagonizou uma cena insólita antes da final com o São Paulo. O volante encontrou-se com Maguila e simulou luta com o ídolo, enquanto Roque Citadini fazia o papel de técnico.

Fórum
O grupo do Ministério do Esporte quer tirar poder da Comissão de Arbitragem. A idéia é que os árbitros de cada jogo sejam escolhidos por sorteio. E os tribunais desportivos passariam a ter juízes concursados.

Força corintiana
A Liga Nacional recuou e decidiu tentar uma conversa com Ricardo Teixeira antes de entrar com ação para que a CBF oficialize a entidade. O recuo tem um motivo: Corinthians.

Não bater de frente
Com medo de perder a vaga no 2º Mundial e, se for o caso, na Libertadores, o corintiano Alberto Dualib pediu uma solução negociada. Não quer assinar uma declaração de guerra contra a CBF e correr o risco de ficar fora dos torneios internacionais.

Sem eles, não dá
Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, aceitou a ponderação do Corinthians, mesmo porque, sem o time paulista do seu lado, certamente a Liga não teria força para bancar um Nacional próprio. Mas o gaúcho continua dizendo que, se a CBF não oficializar sua entidade por bem, reconhecerá por mal.

Front
Na luta política para reverter o quadro de cisão, Alberto Dualib ganhou um cargo na comissão criada para negociar com a CBF. Entrou no lugar de Mauro Ney Palmeiro (Botafogo).

Desejo 1
O goleiro Júlio César disse à diretoria flamenguista que tem interesse em defender o Corinthians. Sem saída para livrar Edmundo Santos Silva do pedido de pisão preventiva, os cariocas admitem cedê-lo, desde que fiquem com 50% de seus direitos federativos. O mesmo acontece com Felipe Mello.

Desejo 2
Na esperança de valorizar o goleiro em caso de convocação para a Copa-2002, o Fla não admitia ceder Júlio César. Agora, começa a ver no Corinthians uma boa vitrine para valorizar seu jogador e conseguir arrecadar algum dinheiro com sua venda para o exterior.

Barra pesada
Houve tumulto na venda dos ingressos para a final da Copa do Brasil. No Parque São Jorge, a PM foi chamada após roubo de cerca de cem entradas.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Vampeta, sobre o são-paulino Belletti ter dito que torcerá pelo Brasiliense contra o Corinthians na Copa do Brasil:
- Para quem ele vai torcer, não é problema meu. Problema meu é que eu vou jogar a final.

CONTRA-ATAQUE

Escudeiro e mudo

Luiz Felipe Scolari parecia estar se livrando de um enorme peso ontem, ao anunciar os nomes dos 23 jogadores que defenderão o Brasil na Copa.
A cada nome que dizia, o técnico olhava para os jornalistas, como que para avaliar a repercussão do que havia dito.
Bem-humorado, Scolari interrompeu por diversas vezes os jornalistas para fazer piadinhas.
Mudo, na mesma mesa, o auxiliar e fiel escudeiro Flávio Teixeira, o Murtosa, apenas ouvia o que seu companheiro de trabalho de quase duas décadas dizia.
Na entrevista, um repórter estrangeiro surpreendeu a platéia ao se dirigir a Murtosa. Antes da pergunta sobre o imbróglio Scolari-Romário, o jornalista disse que conhecia o auxiliar e que ele não sairia pela tangente.
- Você não vai ficar em cima do muro, afirmou o repórter.
O técnico não deu nem tempo para seu auxiliar responder.
- Não vai mesmo. Ele nem tem tamanho para isso.
A risada foi geral. Murtosa, tímido, fingiu que não ouviu a ironia e respondeu. Saiu pela tangente, claro.



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