São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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ANÁLISE

Definida a família Scolari

TOSTÃO
COLUNISTA DA FOLHA

Com o tempo, Felipão evoluiu e trocou alguns familiares por outros melhores, como Kaká, Gilberto Silva, Ânderson Polga e Ronaldinho Gaúcho. O grande acerto do treinador foi insistir na recuperação do Ronaldo. Pela qualidade do jogador, valia a pena correr todos os riscos.
Temos de reconhecer a coerência e a coragem do treinador em não se intimidar com as pressões para a convocação do Romário. A seleção não vai ganhar nem perder o Mundial por causa da ausência do Baixinho.
Luiz Felipe Scolari corrigiu o erro de levar apenas sete jogadores para cinco posições: três zagueiros e dois volantes.
Com a entrada do Vampeta e a saída do Euller, o grupo ficou mais bem distribuído. Independentemente da cabeçada do Djalminha no técnico do La Coruña, o são-paulino Kaká é melhor.
A grande deficiência da seleção é a ausência de um típico meia-armador de talento, como o Juninho Pernambucano e o corintiano Ricardinho. Para o técnico, o meio-campo é dividido entre os volantes que raramente passam do meio e os meias ofensivos, que atuam próximos dos atacantes. Eles não se misturam. Daí, a dificuldade do toque de bola de uma intermediária a outra.
Se o Brasil perder, Felipão não estará "morto", como ele disse na coletiva. Se perder e jogar bem, técnico e jogadores serão elogiados, como aconteceu com a seleção de 82. Mas bom mesmo será ganhar e jogar bem.


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