São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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AUTOMOBILISMO

Altos custos seriam motivo da mudança

Eletrônica pode sair da F-1 apenas 1 ano após seu retorno à categoria

DO ENVIADO A BARCELONA

Um ano após comemorar a volta da eletrônica ativa, a F-1 corre risco de perdê-la. Devido aos seus altos custos, recursos como o controle de tração e o câmbio automático já ameaçam quebrar algumas equipes. É isso que Bernie Ecclestone quer evitar.
O homem-forte da categoria convocou uma reunião com os chefes das 11 escuderias em Zeltweg, no próximo final de semana, durante as atividades do GP da Áustria, sexta etapa do Mundial.
Seu aviso, por jornais europeus, tem tom de ultimato. Para Ecclestone, ou as equipes cortam seus custos imediatamente ou a F-1 entrará em uma crise histórica.
"Temos que reduzir a tecnologia e a obrigação de as equipes gastarem tanto dinheiro. O ganho no desempenho dos carros é muito baixo em relação ao que está sendo gasto", afirmou Ecclestone ao "Sunday Times", de Londres.
Ao "La Gazzetta dello Sport", da Itália, o inglês declarou que espera um consenso em Zeltweg.
"Se todas as equipes concordarem em cortar a tecnologia, não haverá nenhuma mudança em termos de competitividade nas pistas. Os investimentos seriam bem menores, e os resultados seriam os mesmos de hoje", disse.
Banida desde 1993, a eletrônica voltou à F-1 nos treinos para o GP da Espanha, e nesta temporada colocou pelo menos três equipes em sérias dificuldades financeiras: BAR, Jordan e Arrows.
Reflexo da crise, a Jordan acabou demitindo 15% dos seus funcionários. Na BAR, a situação só é diferente pois o time tem o apoio da BAT, multinacional de cigarros. Já a Arrows corre risco de falir no fim do ano. (FÁBIO SEIXAS)


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