São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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O PERSONAGEM

Técnico troca bola por palco nas horas vagas

DA REPORTAGEM LOCAL

Além dos gramados dos estádios de futebol, o técnico da França, Raymond Domenech, 54, pisa em outro terreno, mais duro, nas horas vagas: os palcos dos teatros.
Domenech é comediante amador. E, segundo alguns críticos, não faz feio.
"Sou apaixonado por teatro", diz ele, à frente da seleção desde julho de 2004.
"Meu sonho é que no final de cada partida os torcedores saiam do estádio sorrindo", costuma falar Domenech. "Não necessariamente porque ganhamos, mas porque eles sentiram algo."
Outro passatempo do treinador é a astrologia. A mídia francesa chega até mesmo a brincar com isso. Falam que Domenech não escala o time sem antes estudar o mapa astral de seus atletas.
O treinador nega que use os astros com este sentido, mas admite que toma decisões na vida pessoal tendo a astrologia como base.
Culto, Domenech "empurra" cultura aos atletas. Além de convidá-los para ir ao teatro, dá livros aos pupilos com a intenção de evitar que eles gastem horas diante da TV jogando videogame.
Numa analogia do futebol com a literatura, Zidane, para Domenech, é um escritor. "Ele tem imenso talento e vários feitos, mas ainda falta escrever a mais bela página de sua história: vencer uma nova Copa", declara.
À beira do gramado, porém, o treinador tem fama de turrão. Barrou Pires após o meia reclamar de uma substituição em 2004. Também teve desentendimentos com destaques da equipe como Thuram, Makelele e o próprio Zidane. Juntos, os três deixaram a seleção por alguns meses, mas voltaram durante a apertada campanha nas eliminatórias. (KT)


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