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O PERSONAGEM
Técnico troca bola por palco nas horas vagas
DA REPORTAGEM LOCAL
Além dos gramados dos
estádios de futebol, o técnico
da França, Raymond Domenech, 54, pisa em outro terreno, mais duro, nas horas
vagas: os palcos dos teatros.
Domenech é comediante
amador. E, segundo alguns
críticos, não faz feio.
"Sou apaixonado por teatro", diz ele, à frente da seleção desde julho de 2004.
"Meu sonho é que no final
de cada partida os torcedores saiam do estádio sorrindo", costuma falar Domenech. "Não necessariamente
porque ganhamos, mas porque eles sentiram algo."
Outro passatempo do treinador é a astrologia. A mídia
francesa chega até mesmo a
brincar com isso. Falam que
Domenech não escala o time
sem antes estudar o mapa
astral de seus atletas.
O treinador nega que use
os astros com este sentido,
mas admite que toma decisões na vida pessoal tendo a
astrologia como base.
Culto, Domenech "empurra" cultura aos atletas.
Além de convidá-los para ir
ao teatro, dá livros aos pupilos com a intenção de evitar
que eles gastem horas diante
da TV jogando videogame.
Numa analogia do futebol
com a literatura, Zidane, para Domenech, é um escritor.
"Ele tem imenso talento e
vários feitos, mas ainda falta
escrever a mais bela página
de sua história: vencer uma
nova Copa", declara.
À beira do gramado, porém, o treinador tem fama
de turrão. Barrou Pires após
o meia reclamar de uma
substituição em 2004. Também teve desentendimentos
com destaques da equipe como Thuram, Makelele e o
próprio Zidane. Juntos, os
três deixaram a seleção por
alguns meses, mas voltaram
durante a apertada campanha nas eliminatórias.
(KT)
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