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"Fair play" deu lugar a desdém
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um intervalo de apenas seis
anos, o Irã deu um dos maiores
exemplos de "fair play" e de desprezo ao espírito esportivo na história do esporte moderno.
Na Copa da França-1998, deixou de lado a rivalidade história
com os EUA e, antes do duelo entre os dois times, trocou abraços e
presentes com os adversários.
Em 2004, o outro extremo. O judoca Arash Miresmaeili deliberadamente ultrapassou o limite de
peso de sua categoria para não enfrentar o israelense Ehud Vaks,
que havia sido sorteado para enfrentá-lo na primeira luta dos Jogos Olímpicos de Atenas.
Josué Moraes, brasileiro e membro da Comissão Desportiva da
Federação Internacional de Judô
na competição, narra a repercussão do caso na ocasião. Ele era um
dos encarregados de acompanhar
as pesagens dos competidores.
"As autoridades da FIJ ficaram
impressionadas com o impacto
negativo que o fato poderia ter no
torneio olímpico. Um judoca não
passar na balança é uma aberração em uma Olimpíada", diz.
O período entre as ações coincide com a ascensão e o ocaso do
projeto do ex-presidente Mohammad Khatami, um clérigo
moderado que desafiou a autoridade dos líderes religiosos e foi
derrotado, como mostrou a eleição de Mahmoud Ahmadinejad.
Eleito em 1997, Khatami foi o
primeiro presidente iraniano a visitar a sede da ONU, em Nova
York, desde a Revolução Islâmica
de 1979.
(LF)
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