Com gol de reserva no segundo tempo, equipe conquista, pela primeira vez desde a era Pelé, dois títulos consecutivos

Time devolve os 2 a 0 da semana passada, destrói São Caetano, e, depois de polêmica, técnico dedica feito a seus "perseguidores"

Fotos Ricardo Nogueira/Folha Imagem

O goleiro Fábio Costa aguarda entrega da taça de campeão

O Santos é bicampeão paulista. Uma marca histórica, conquistada pelo time da Vila Belmiro justamente em seu pior momento na temporada.
As atuações abaixo do esperado nos mata-matas do Estadual e o empate contra o Caracas na Libertadores, que lhe tirou os 100% de aproveitamento, abalaram a equipe.
Mais: a crise criada pelas saídas de Pedro e Rodrigo Tiuí, criticando publicamente Vanderlei Luxemburgo, causou insatisfação de parte dos dirigentes santistas com o treinador.
Além disso, o time tinha de vencer o São Caetano por dois gols de diferença para conquistar o seu 17º Estadual.
Mas, com um gol em cada tempo no duelo de ontem, a equipe voltou a ser o Santos desta temporada, que liderou o Paulista durante quase toda a primeira fase e sofreu apenas duas derrotas.
"Nos últimos jogos não era o futebol do Santos", declarou o presidente Marcelo Teixeira.
"O que não jogamos nos últimos três jogos, jogamos hoje", comemorava Fábio Costa.
O Santos é o primeiro a bisar o título estadual em mais de uma década. Desde o biênio 1993/1994, com o Palmeiras, o Paulista não via um time levar dois títulos seguidos.
Para o clube, a repetição da conquista é ainda mais remota. É o primeiro bi na era pós-Pelé -o último foi em 1967/68.
A reação santista no momento crítico da temporada começou pelo banco de reservas.
Luxemburgo soube usar seus pontos fortes. Antes do jogo, preleção com forte carga emocional, ressaltada e elogiada por quase todos os atletas.
Durante o duelo, apostou em um jovem jogador do elenco, o atacante Moraes, autor do segundo e decisivo gol do Santos.
No vestiário, veio um desabafo, com críticas a jornalistas que o técnico classificou como seus "perseguidores", por causa de toda a polêmica que o cercou às vésperas do jogo de ontem e, mais que isso, durante sua trajetória como técnico.
Mas o sucesso no Estadual não satisfaz o Santos. Com o favoritismo confirmado no primeiro campeonato do ano, o clube agora mira outra façanha que não obtém desde a época de Pelé: a Taça Libertadores.
E, por causa disso, não terá muito tempo para celebrar o título. Na quinta, volta a campo para enfrentar o Caracas, no mata-mata continental.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Prata da casa sai do banco para fazer gol do título
Índice