São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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Prata da casa sai do banco para fazer gol do título

Em sua terceira partida na equipe principal, Moraes, 20, revelado nas categorias de base, assegura troféu santista

Santos 2
São Caetano 0

DA REPORTAGEM LOCAL

A tarefa não era tão fácil. Mas, mesmo depois de uma semana bastante conturbada na Vila Belmiro, o Santos conseguiu devolver os 2 a 0 que havia sofrido no primeiro jogo com o São Caetano, no último domingo, e conquistou o bicampeonato Paulista, o 17º título do clube.
O São Caetano, que passou uma semana tranqüila, preparando-se apenas para a decisão do Estadual, caiu diante do time de Vanderlei Luxemburgo, comandado por Zé Roberto, novato em títulos no Brasil.
O time começou a partida sem uma de suas estrelas. O zagueiro Antônio Carlos, contundido, foi substituído por Ávalos. Denis, lateral-direito, foi outro que não entrou em campo, também lesionado na partida de quarta-feira, pelas oitavas-de-final da Libertadores -2 a 2 com o Caracas, na Venezuela.
Sem eles, os reservas foram essenciais para a vitória.
Moraes, 20, deixou o banco no segundo tempo para disputar sua terceira partida como profissional do Santos. E marcou o seu segundo gol pelo time, o mais importante.
Precisando ganhar por dois gols de vantagem, o Santos foi para cima. E não demorou para aparecer a primeira oportunidade, com Marcos Aurélio. O atacante recebeu de Zé Roberto e bateu rente à trave de Luiz.
O camisa 9 santista, aliás, não deu sossego ao goleiro do São Caetano. Mas quem deixou os zagueiros do time do ABC tontos em campo na primeira etapa foi o armador Zé Roberto.
Se no primeiro confronto da decisão o meia havia ficado devendo aos torcedores, ontem o jogador resolveu aparecer e dar um brilho especial ao jogo.
Após uma grande arrancada, o meia bateu forte. Luiz deu um leve toque e desviou para escanteio. Na cobrança, Pedrinho levantou para cabeçada certeira de Adaílton: 1 a 0.
Embora tenha terminado o primeiro tempo com 50% de sua tarefa concluída, Vanderlei Luxemburgo não perdeu a oportunidade de reclamar da arbitragem de José Henrique de Carvalho e também do treinador do São Caetano.
"Ele [juiz] tem de apitar para os dois lados", esbravejou o santista. "O [Dorival] Júnior [técnico do São Caetano] quer apertar o juiz. Eu já fui assim e hoje não sou mais."
Coincidentemente, Dorival Júnior também reclamou do juiz, alegando que estaria sendo prejudicado. "Isso é decisão. Não quero saber do [Vanderlei] Luxemburgo, mas sim da arbitragem", declarou.
Depois do intervalo, o São Caetano voltou mais ligado no jogo. Para dar mais solidez ao seu time na marcação, Dorival Júnior optou por sacar Canindé e Glaydson, e promoveu as entradas de Ademir Sopa e Galiardo, repetindo a escalação vitoriosa do primeiro jogo.
Já Vanderlei Luxemburgo, que havia trocado Jonas por Moraes, mudou novamente na frente, substituindo os meias Pedrinho e Cléber Santana por Rodrigo Tabata e Carlinhos.
Com isso, Kléber passou para o meio-campo, auxiliando Zé Roberto na armação. Mas foi com uma jogada de lateral que o camisa 3 desenhou o segundo gol do time da Baixada.
Em cruzamento preciso, Kléber deu a chance a um jovem garoto oriundo das categorias de base de finalizar e entrar para a história do clube. Aos 37min, Moraes, filho do ex-jogador do clube Aluísio Guerreiro, deixou seu nome marcado no 17º título paulista do alvinegro com um gol de cabeça. Ele ainda poderia ter ampliado, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. (JULYANA TRAVAGLIA, PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)


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