São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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JUCA KFOURI

E o dia foi mesmo do Santos


O Santos pisou no gramado do Morumbi como campeão e saiu do estádio como bicampeão. Ainda bem!


O FUTEBOL agradece.
Ontem, no Morumbi, houve um time com comportamento de campeão: exatamente o time que foi bicampeão paulista.
Os dois gols que o Santos precisava para ganhar o Campeonato Paulista já deveriam ter saído no primeiro tempo, quando o time se comportou como grande diante de um pequeno assustado e com medo de ser feliz.
Desde o primeiro minuto ficou claro quem era quem no gramado.
E com um pouco de sorte o primeiro gol teria saído ainda antes da marca dos 24min, quando Adaílton aproveitou a cobrança de escanteio de Pedrinho para fazer 1 a 0, de cabeça. Nada mais justo.
Tanto Marcos Aurélio como Zé Roberto já tinham levado muito perigo ao gol do Azulão.
E o primeiro tempo só não terminou com a vantagem que já significaria o título porque a trave foi mais caprichosa que Jonas, que ia fazendo um gol impossível, aos 31min.
Há que se dizer que o São Caetano foi menos covarde no segundo tempo, graças às alterações que fez, ao recompor o time que havia vencido o primeiro jogo.
Porque tanto Canindé quanto Glaydson, ambos titulares, foram duas decepções, maior ainda o primeiro, simplesmente invisível em campo.
Já o Santos foi para o tudo ou nada, sem, contudo, se abrir demais.
O menino Moraes, centroavante centroavante, que entrara no lugar de Jonas, que jogava bem, teve a felicidade de fazer o gol do bi, de cabeça também.
Ele soube aproveitar um dos inúmeros cruzamentos certeiros de Kléber, este Kléber que era para estar no meio de campo, mas que foi à linha de fundo pela esquerda para dar o gol salvador.
Mérito, sem dúvida, de Vanderlei Luxemburgo que, mais uma vez, graças ao seu inegável talento como técnico, salvou sua pele ao ter causado uma crise desnecessária por se meter onde não deveria.
Com sua atuação impecável durante os últimos 90 minutos da decisão, o Santos impediu que o Campeonato Paulista tivesse um campeão que não faria justiça ao que foi a competição.
Ainda bem, porque táticas e esquemas à parte, o futebol ainda precisa que o vencedor seja aquele que procura o gol, sem o que o esporte das multidões corre o risco de ficar tão chato, para quem vê, como uma grande partida de xadrez, com o perdão dos fãs de Mequinho (lembra dele?).
E parabéns ao torcedor santista, que acreditou no taco de seu time e levou quase 60 mil pessoas ao estádio, que viveu a tarde que todos nós merecíamos.

No Mineirão e no Maraca
Para alegria do Tostão, este colunista continua com seu nome acima desta coluna.
Mas que o colunista aprenda a não brincar com o imponderável no futebol. Porque se o zagueiro cruzeirense Luisão não é expulso no fim do primeiro tempo, tudo indicava que o jogo viraria dois e acabaria quatro, exatamente o placar que o Cruzeiro precisava para impedir o título do Galo. Como o goleiro Bruno impediu o do Botafogo, para surpresa deste escriba.

blogdojuca@uol.com.br


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