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Luxemburgo dedica feito a desafetos
Treinador oferece seu 7º título a jogadores que, publicamente e às vésperas da final, o acusaram de barrá-los no clube
Vídeo com imagens da
equipe foi arma usada para criar clima positivo no grupo,
abalado durante episódio que envolveu Tiuí e Pedro
DA REPORTAGEM LOCAL
Momentos antes de a partida
de ontem terminar, Vanderlei
Luxemburgo repetiu um gesto
que já se tornou rotineiro em
dias de conquistas.
Com o placar garantindo o
seu segundo título estadual pelo Santos, o sétimo na carreira,
o treinador se encaminhou para os vestiários batendo no peito e gesticulando para a torcida,
deixando a festa para o time.
Mas, na hora da entrevista
coletiva, antes de responder a
qualquer pergunta, o treinador
santista pediu a palavra, naquilo que classificou como um
"pronunciamento".
"Tive alguns percalços na minha vida durante esta semana",
disse Luxemburgo, antes de ser
interrompido por um beijo do
zagueiro Antônio Carlos. Referia-se às declarações de Rodrigo Tiuí e Pedro, jogadores que
deixaram o Santos na última
semana, acusando o treinador
de barrá-los no clube.
Dizendo-se perseguido por
parte da imprensa, Luxemburgo reclamou da dimensão que
as declarações dos ex-atletas
santistas tomaram. "Tentam
me rotular, e a situação esta semana criou desconforto muito
grande, numa decisão, pela fala
de um atleta. Não buscam informações precisas."
De acordo com Tiuí, o treinador o obrigou a assinar um contrato com um procurador que
era seu amigo. Como não concordou, foi dispensado.
Tiuí é empresariado por Teodoro Fonseca, procurador com
quem Luxemburgo diz que
nem ele nem o Santos trabalharão mais, salvo nos casos de
Cléber Santana e Adaílton, que
já estão no clube.
"Minha briga é pelo futebol
brasileiro, que não pode ficar
na mão de empresários. E o
Tiuí e o Pedro foram influenciados pelo empresário", defendeu-se o treinador.
"Minha vida foi vasculhada
em uma CPI e não encontraram nada de errado. Desafio
qualquer um a provar qualquer
coisa contra mim", completou.
Então, Luxemburgo dedicou
o título a Tiuí e a Pedro que, segundo ele, ajudaram bastante o
time no campeonato.
Luxemburgo classificou o título como o mais difícil da carreira por causa do regulamento. "Tivemos 19 jogos e depois
jogamos com o Bragantino [no
mata-mata], que se classificou
com 15 pontos a menos, e podia
ter nos tirado da final", disse.
Na última preleção aos atletas, o técnico usou vídeo com
momentos do time ao longo do
torneio, embalado por música
de Chitãozinho e Xororó que
falava de luta e vitória.
"Criamos um aspecto positivo, pois não era difícil fazer gols
no São Caetano. Tínhamos de
jogar com força e intimidar o time deles", explicou ele, que
também elogiou Moraes, autor
do gol do título.
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