São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2010

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Corinthians planeja ter uma equipe mais barata

Clube montou dois times em 2010, mas só tem o Brasileiro pela frente

Andres Sanchez afirma que venderá jogadores após a Copa do Mundo, e diretor de futebol admite paralisia após queda na Libertadores

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians não sabe o que fazer. A eliminação nas oitavas de final da Libertadores surpreendeu o departamento de futebol, que montou um elenco grande e caro demais para disputar apenas um torneio até o fim do ano, o Brasileiro, no qual o time estreia no domingo.
"Nós tínhamos um planejamento pronto até 18 de agosto [data da final da competição continental] e, então, nesta semana soubemos que esse plano terá que ser revisto", disse o diretor de futebol Mario Gobbi.
Enquanto a cúpula do clube não decide o que fazer, ganha força no Parque São Jorge a corrente que defende uma equipe mais barata (e mais jovem) no segundo semestre.
Os recém-contratados Paulinho, 21, e Bruno César, 23, por exemplo, devem ganhar espaço. O primeiro veio do Bragantino, pelo qual disputou o Estadual, foi inscrito na Libertadores e já estreou contra o Flamengo. O segundo, ex-Santo André, chegou nesta semana.
A tendência é que ocupem espaço de veteranos que não corresponderam, casos do meia Tcheco, 34, e do volante Edu, 33 -ambos também foram vítimas de lesões nesta temporada.
Logo após a queda ante o Flamengo, na madrugada de ontem, no Pacaembu, o presidente Andres Sanchez admitiu que pode haver um desmanche no elenco do Corinthians.
Jogadores jovens, como Dentinho e Elias, titulares absolutos e cujos direitos econômicos são divididos com parceiros, também podem deixar o clube.
A intenção é reduzir a folha salarial do futebol profissional, que consome R$ 8 milhões mensais, quantia que Andres considera alta demais.
O presidente prometeu que o técnico Mano Menezes não deixará o clube, com o qual tem contrato até o final de 2010.
Mano é o treinador dos sonhos de Fernando Carvalho, homem forte do futebol do Internacional, que já tentou contratá-lo outras vezes.
Em entrevista após a eliminação na Libertadores, o técnico também afirmou que continuará no Corinthians.
Seu contrato com o clube do Parque São Jorge prevê a liberação sem pagamento de multa apenas no caso de ofertas de clubes do futebol europeu ou da seleção brasileira.
Se outro time brasileiro quiser tirá-lo do Corinthians, terá que pagar um valor que, hoje, é de cerca de R$ 1 milhão.
"Após o jogo [com o Flamengo], nós nos reunimos no vestiário e assumimos o compromisso de levar o Corinthians para a Libertadores outra vez", disse Gobbi. (MARTÍN FERNANDEZ)


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