|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Fábio Koff descarta "salvar" a CBF se o Remo parar o Nacional na Justiça
Clube dos 13 rechaça a
hipótese de reeditar a JH
FERNANDO MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL FC
O Clube dos 13 não vai organizar uma segunda edição da Copa
João Havelange caso a CBF fique,
como no ano passado, impedida
de organizar o Brasileiro.
A informação foi dada à Folha
pelo presidente da entidade que
reúne os 19 maiores clubes do
país, Fábio Koff.
Anteontem, o Remo, de Belém
(PA), obteve na Justiça comum
uma liminar que garante sua participação na divisão de elite do
Nacional. O time paraense alega
que ficou em terceiro lugar no
Módulo Amarelo da JH -a segunda divisão- e que, como Paraná e São Caetano foram contemplados com vagas este ano,
tem direito ao acesso.
A ação impetrada pelo Remo é
semelhante à que forçou a CBF a
não organizar o Brasileiro-2000.
Na ocasião, o Gama, do Distrito
Federal, obteve liminar também
baseado no Código de Defesa do
Consumidor. A entidade máxima
do futebol brasileiro, ameaçada
de punição pela Fifa -que não
permite que decisões judiciais interfiram no esporte-, desistiu de
organizar o torneio.
Para "salvar o segundo semestre", segundo Koff, o Clube dos 13
montou um Nacional com 116
clubes divididos em três divisões.
O Gama foi contemplado com
uma das vagas, e o Vasco se sagrou campeão.
"O problema deste ano é exclusivo do Ricardo Teixeira [presidente da CBF". No ano passado,
salvamos a CBF. Posso garantir
que neste ano não vai ter uma segunda Copa JH para salvar ninguém. A CBF que assuma o
ônus", afirmou o dirigente gaúcho, por telefone.
A entidade presidida por Teixeira deve recorrer nos próximos
dias da decisão da juíza Rosileide
Maria Cunha Barros, da 14ª Vara
Cível de Belém.
Após ser citada, a CBF tem dez
dias para entrar com recurso. O
departamento jurídico da instituição já está estudando o caso.
A entidade alega que não levou
em consideração a Copa JH para
escolher os 28 participantes da elite. Argumenta que só contemplou as equipes do Brasileiro de
1999 -o último Nacional por ela
organizado- e que incluiu o São
Caetano porque o time do ABC
foi vice-campeão em 2000.
O advogado Mário Drummond
Coelho, que defende o Remo no
caso, afirmou que instruiu a diretoria do clube paraense a colocar
o time em campo contra o Náutico, pela Série B do Brasileiro, para
que os paraenses não corram o
risco de perder a ação e fiquem fora da "segundona". A partida entre as equipes nordestinas está
marcada para o dia 9 de julho. O
torneio da elite começará só no
dia 1º de agosto.
"Pode colocar ministro dos Esportes [e Turismo, Carlos Melles"
para fazer pressão, o que for. Vamos até o fim. A CBF vai aprender
a lição", afirmou Coelho.
Texto Anterior: Grêmio supera o Coritiba fora de casa para alcançar a 7ª decisão Próximo Texto: CBF define estratégia para derrubar liminar Índice
|