São Paulo, sexta-feira, 07 de junho de 2002

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Na véspera, ingleses bebem e causam confusão

DO ENVIADO A SAPPORO

A neurose é grande, mas os incidentes com os ingleses, por menores que sejam, já começaram.
Ontem, três torcedores da Inglaterra foram pegos ao entrarem numa área ao redor do Sapporo Dome fechada pela polícia. Queriam tentar chegar ao estádio e ver o treino do time de Sven-Goran Eriksson. Não conseguiram. Embriagados, foram detidos.
No metrô que ia ao estádio, não faltavam torcedores com a camisa da Inglaterra e latinhas de cerveja nas mãos, alguns deitados nos vagões, assustando os japoneses, que evitavam se aproximar da turma de beberrões.
Numa loja no centro da cidade, um equatoriano disse ter sido confundido com um argentino e atacado por dois torcedores ingleses. A polícia interveio na confusão, e o caso foi parar nos principais telejornais do Japão.
Para o jogo de hoje, quase 8.000 policiais estarão envolvidos no esquema de segurança. A maioria estará portando cartazes, com frases em inglês, do tipo ""Fique parado, somos polícia".
A maioria das lojas perto do estádio estará fechada a partir das 15h locais -o horário previsto para a abertura dos portões do Sapporo Dome, um dos mais modernos do mundo, é o das 16h (4h da manhã no horário de Brasília).
Quanto ao consumo de bebida alcoólica, ele foi permitido, apesar de pedido em contrário da administração do estádio para a Fifa.
Mas cada torcedor poderá, teoricamente, tomar uma lata de cerveja e nada mais. Deverá apresentar o ingresso, que será furado. Há o risco, porém, de pedir emprestada a entrada de quem não bebe álcool e, com o bilhete do vizinho, conseguir uma segunda latinha.
Outra preocupação da organização diz respeito ao grande número de torcedores que estão sem tíquetes para entrar. O Jawoc calcula que metade dos cerca de 1.500 a 1.800 ingleses que querem ver o jogo não tem entradas.
Os argentinos, por sua vez, são minoria na cidade. A Associação de Futebol Argentino calcula que no máximo 400 estarão presentes no estádio, dos quais apenas 150 a 200 viajaram da América do Sul para o Japão unicamente para ver a Copa do Mundo -o restante seria formado por argentinos que residem no país asiático. (JCA)


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