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TOSTÃO
Difícil enxergar o óbvio
No treino coletivo de
ontem, o time titular
só ia bem quando Rivaldo atuava pela esquerda.
Assim saiu o primeiro gol contra a Turquia. Não sei por que,
Rivaldo jogou boa parte da
partida e do treino pela direita. Como é fácil complicar.
No segundo tempo do treino, o time jogou no 4-4-2, com
Vampeta e Gilberto Silva, Juninho pela direita e Denílson
pela esquerda. Essa será uma
opção durante o jogo contra a
fraquíssima seleção da China.
Ricardinho treinou no time
reserva e mostrou todo o seu
talento.
Kaká foi novamente muito
discreto. Uma decepção.
Anderson Polga vai jogar no
lugar de Edmilson. Aos poucos, Felipão escala os melhores
e descobre as coisas óbvias. Pena que demore tanto. Antes
da estréia na Copa, com quase
um ano de trabalho, o técnico
percebeu que com três zagueiros não havia necessidade de
se jogar com dois volantes. Por
isso, escalou o meia-atacante
Juninho ao lado de Gilberto
Silva. Para o técnico, meia-atacante é a mesma coisa do
que meia-armador.
Juninho foi obediente, se esforçou muito para ser um
meia-armador, jogou bem em
alguns momentos, mas aí não
é o seu lugar. A sua posição é
do meio-campo para a frente.
Juninho voltava para receber a bola na intermediária
do Brasil e achava que estava
na intermediária da Turquia.
Perdeu duas bolas, numa delas saiu o gol. Na outra, os turcos só não fizeram o segundo
porque o grandalhão Sukur é
muito ruim pelo chão.
Nesta semana, Felipão fez
outra óbvia constatação. A de
que faltava um meia-armador e convocou Ricardinho.
Até o mordomo da CBF já sabia disso.
Ainda falta outro meia-armador pela direita (Juninho
Pernambucano), mas não há
mais tempo para o Felipão
convocá-lo.
Se o técnico mantiver os três
zagueiros, poderá escalar o Ricardinho no lugar do Juninho.
O time ficaria bem melhor. Se
retirar um zagueiro, Ricardinho poderá ser o armador pela esquerda ao lado de Vampeta e Gilberto Silva.
Esse é meu time preferido.
Desconfio que o Felipão ainda
vai chegar lá.
Zagueiro-zagueiro
Após as desastradas atuações de Edmilson e Lúcio, Felipão repetiu a frase de Luxemburgo e disse que quer ver na
seleção zagueiro-zagueiro, rebatedor, grosso, como na várzea. Assim dizem que jogava o
zagueiro-zagueiro Scolari.
Realmente, nada pior para
uma equipe do que um zagueiro tentar dar um passe,
drible e perder a bola. Por outro lado, defensor que não sabe dominar e passar bem a bola complica para o time. Um
bom ataque começa com um
bom passe do zagueiro.
tostão.folha@uol.com.br
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