São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2006

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Auxiliares vêem time "à brasileira"

DO ENVIADO A BONN

Os japoneses podem ter estranhado a cultura brasileira ontem em Bonn, mas, pelo discurso de Júnior, espião da seleção oriental, a diferença entre os dois países, pelo menos no ideal futebolístico, praticamente não existe mais.
"Não tem mais escola asiática. É a escola brasileira", disse o intérprete do samba da seleção na Copa de 82 (""Voa Canarinho"), que mostrou conhecer a Austrália.
Cantarelli, preparador de goleiros, explica mais a "brasileirização" dos japoneses no futebol.
"O Zico os ensina a bater na bola, nas faltas, o Edu mostra o passe, e eu cuido dos goleiros. Nós [brasileiros] somos os melhores. Temos que passar para os japoneses que é preciso jogar futebol. Assim ganhamos cinco Copas."
Zico disse que a principal mudança, até mais que técnica, é psicológica. "Houve uma mudança de mentalidade. O Japão não se assusta mais, não teme nenhum adversário", disse à Folha o técnico.
Júnior afirma que, apesar de o Japão experimentar uma "brasileirada", há um cuidado da comissão técnica para não tirar os pontos fortes dos japoneses. ""O que eles têm de melhor é a velocidade."
Em 2005, o Japão empatou na Copa das Confederações com o Brasil, campeão do torneio, por 2 a 2, mesmo resultado diante da Alemanha, há poucos dias. Com Zico, o time venceu a Copa da Ásia e foi o primeiro país a se classificar no campo para a Copa. (RBU)


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