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Polícia sul-africana esquece polidez, faz ameaças e até bate
Tensão gerada pelo esquema de segurança é evidente, em especial em treino fechado
DO ENVIADO A PRETÓRIA
DE JOHANNESBURGO
Determinado a evitar crimes contra turistas, o grande
contingente de policiais nas
ruas da África do Sul tem gerado momentos de tensão. E
eles receberam treinamento
para agir de forma polida.
Educados na maior parte
das situações, os guardas
têm sido mais ríspidos quando estão diante de conflitos.
Foi o que ocorreu ontem,
quando agrediram torcedores para evitar a invasão no
amistoso entre Coreia do
Norte e Nigéria. Nessa ocasião, tiveram de bater porque
estavam em menor número
por um erro de estratégia.
Mas a rispidez também é
vista em treinos de seleções.
Os norte-coreanos instruíram homens de segurança a
manter jornalistas longe. Resultado: qualquer aproximação do estádio Makhulong
gera intimidação por parte
dos policiais.
Não é possível ficar nem a
100 m da arena em Tembisa
sem receber ameaças.
Também houve problema
em um treino da Argentina. O
técnico Diego Maradona tinha instruído os guardas para que só jornalistas argentinos pudessem entrar para
entrevistar os jogadores.
Quando surgiam repórteres de outros países que insistiam, os policiais obrigavam todos a ir para fora. E fechavam a porta com força.
Em determinado momento, o assessor de imprensa argentino deixou que um dos
jornalistas entrasse. Nem assim os policiais sul-africanos
acataram as ordens e o mantiveram de fora.
Há 44 mil policiais nas
ruas durante a Copa-2010.
"Algumas pessoas acham
que a situação aqui é horrível. Então, veem a polícia e ficam mais tranquilas. Para se
sentirem bem, botamos. Mas
não é verdade que temos risco como outros países em desenvolvimento", afirmou o
ministro da Polícia da África
do Sul, Nathi Mthethwa.
(FÁBIO ZANINI E RODRIGO MATTOS)
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