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PRANCHETA DO PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Transição maldita
FELIPE MELO começou a
ganhar a posição na seleção
antes mesmo de sua primeira convocação.
Aconteceu em outubro de
2008. No dia 15, o Brasil empatou com a Colômbia por 0
a 0, no Maracanã. Pela primeira vez na história, completou três jogos sem fazer
gols atuando em casa -havia empatado com Argentina e Bolívia por 0 a 0.
No dia seguinte, no aeroporto, um encontro com o
goleiro reserva Doni serviu
para mostrar que os jogadores entendiam a origem do
problema: o primeiro passe.
Nova conversa com Kaká, e a transição da defesa
para o ataque foi citada outra vez. A saída de bola deveria ser mais rápida.
O jogo seguinte, amistoso
contra Portugal, em Brasília, teve a mudança exigida.
Josué deixou de formar a
dupla de volantes com Gilberto Silva. Anderson se tornou o novo titular. Resultado: o Brasil venceu por 6 a 2.
Anderson foi chamado
para o próximo jogo, contra
a Itália, mas, machucado,
deu lugar a Felipe Melo, em
sua primeira convocação.
Em 17 partidas pela seleção
brasileira, Felipe Melo venceu 16, empatou uma e fez o
primeiro passe ficar melhor.
Nos treinos da seleção,
em Johannesburgo, não faz.
Vá lá que Didi já disse que
treino é treino, jogo é jogo.
Mas o trabalho na África escancara que a transição defesa-ataque é o maior problema do time brasileiro.
Aos 29 minutos do coletivo de sábado, Felipe Melo
dominou antes do meio do
campo, tentou o drible,
enrolou-se e rolou na fogueira para Gilberto Silva. Erro
de passe, contra-ataque para o time reserva.
Seu parceiro de cabeça
de área, Gilberto Silva, não
erra, mas também não arrisca. Toque de lado, e a bola não passa o meio-campo.
Os treinos de Johannesburgo deixam a lembrança
da melhor saída para o jogo
de Felipe Melo na seleção. A
que virou gol contra o Peru,
em Porto Alegre.
COPA LARANJA
É de exaltar o que fez a Holanda contra México, Gana e
Hungria. No 4-2-3-1, Kuyt,
Sneijder e Van der Vaart armam, enquanto Robben não
vem. Van Persie no ataque.
BOM PARREIRA
A África do Sul goleou a
Guatemala por 5 a 0, seu melhor placar desde sua readmissão pela Fifa, depois do
apartheid. Invicta há 12 jogos,
só Holanda e Portugal têm séries invictas tão grandes.
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