DA REPORTAGEM LOCAL

Dois jogos, duas derrotas e uma inédita eliminação na primeira fase da Copa dos Campeões. Para evitar que esse quadro vexatório se torne realidade hoje, o São Paulo não pode ser derrotado pelo Cruzeiro, às 16h, em Natal (RN).
A equipe treinada pelo técnico Oswaldo de Oliveira ficou nessa situação delicada já em sua segunda partida no torneio por causa da derrota por 2 a 0 para o Vitória.
Um novo resultado negativo faria com que o clube do Morumbi tivesse a sua participação mais curta justamente na edição mais longa e inchada da competição, que vai durar pelo menos um mês -a final pode ser disputada no dia 4 ou 7 de agosto.
Em suas duas edições anteriores não foram mais de 15 dias. Agora, são 16 times envolvidos, o dobro dos dois primeiros anos.
Em 2000, o São Paulo eliminou o Vitória na primeira fase e, em seguida, caiu nas semifinais diante do Sport. Mesmo assim, fez quatro jogos, um a mais do que fará se for derrotado hoje.
Uma derrota para o Cruzeiro faria com que o time jogasse apenas para cumprir tabela contra o Grêmio, na última rodada.
O São Paulo entrou no torneio deste ano tentando chegar à sua segunda final seguida, já que foi vice-campeão em 2001.
Apesar de o número de clubes ter aumentado, o torneio continua dando apenas uma vaga para a Libertadores. Só o campeão desta edição disputará a competição sul-americana em 2003.
Por isso, uma derrota são-paulina hoje irá representar o primeiro fracasso de Oswaldo de Oliveira na tentativa de levar o time de volta à Libertadores, antigo sonho da equipe. O clube do Morumbi foi bicampeão, em 1992 e 1993, mas não disputa o principal torneio do continente desde 1994, quando chegou ao vice-campeonato.
A eliminação faria Oliveira enfrentar a sua primeira crise no clube, que treina desde de maio. Apesar da situação delicada, o treinador procura demonstrar otimismo. "Ainda dependemos de nossas forças", disse ele.