São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2008

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Ipatinga empata, e São Paulo sai vaiado

Surpreendidos em casa, são-paulinos reclamam de falta de apoio da torcida

São Paulo 1
Ipatinga 1


RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Debutante no Brasileiro e fazendo péssima campanha, com apenas uma vitória, o Ipatinga foi duro adversário para o São Paulo. Contra um time lento e sem criatividade, os mineiros conseguiram empatar o jogo no final e sair do Morumbi com um ponto na bagagem.
O gol no fim foi uma recompensa ao time visitante, mais perigoso e determinado, e um castigo ao São Paulo, que fez atuação medíocre. "O jogo foi ruim e o resultado, justo", disse o técnico Muricy Ramalho.
Descontentes com o futebol que viram, os 13.421 são-paulinos que foram ao estádio -melhor público do time no Brasileiro- vaiaram o time no final.
"A torcida estava vaiando desde o começo do jogo. Se a gente não tiver o incentivo do torcedor não vai ganhar nada mesmo", disse no final da partida o zagueiro André Dias.
Além do mau futebol, os torcedores também viram o goleiro Rogério separar os são-paulinos Alex Silva e Zé Luis, que trocaram empurrões após o gol de empate do Ipatinga.
"Conversamos no vestiário e nos entendemos. Foi uma cobrança normal dentro de campo", disse, de banho tomado e cabeça fria, Zé Luis. Segundo o volante, o desentendimento se deu porque ele pediu para que Alex Silva não subisse ao ataque. "Coríamos o risco de tomar outro", explicou o volante.
Com o empate, o São Paulo chega a 14 pontos e permanece na sétima colocação. Na quarta-feira, o time enfrenta o Náutico, em Recife, e não terá o zagueiro Alex Silva, que tomou o terceiro cartão amarelo.
A posição do rival na tabela -penúltimo colocado- e a formação adotada pelo técnico Ricardo Drubscky, com apenas um homem na frente, fazia crer que ontem no Morumbi apenas o time da casa atacaria.
Mas o cenário não foi esse. O Ipatinga encontrou espaços e criou oportunidades, principalmente com Adeílson. Na primeira chance que teve, aos 9min, o atacante invadiu a área, livre, e tocou na saída de Rogério. A bola saiu rente a trave.
Aos poucos o São Paulo equilibrou a partida e começou a pressionar os visitantes. As melhores oportunidades eram com bolas alçadas na área na tentativa de encontrar as cabeças de Borges, Aloísio e Hugo.
E foi numa bola cruzada, porém rasteira, que o time do Morumbi encontrou seu gol no final do primeiro tempo. Aos 40min, a bola tocada por Joílson achou o pé direito de Borges. De voleio, na marca do pênalti, o atacante bateu bem, sem chances para Fred.
"Fui feliz e peguei bem na bola. Vai ficar mais fácil porque eles têm que sair para o jogo", disse Borges no intervalo.
De fato. No segundo tempo, com o atacante Marinho no lugar do lateral Márcio Gabriel, os mineiros continuaram criando. Adeílton continuava sendo o mais perigoso. Aos 25min, o camisa 11 carimbou o travessão de Rogério.
Pelo lado do São Paulo, a lentidão no meio de campo e a pouca inspiração seguiram. E no final da partida, aos 44min, veio o castigo. Em cobrança de escanteio, Luciano Mandí subiu mais do que a zaga paulista e decretou o empate em 1 a 1.


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