São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2010

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Para uruguaios, time de Tabárez cumpriu seu papel no Mundial

DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE MONTEVIDÉU


Os cerca de 150 mil torcedores que se aglomeravam na praça Independência, a principal de Montevidéu, não deixaram de aplaudir a seleção uruguaia, apesar da derrota para a Holanda.
Em outros pontos da capital, a população continuou nas ruas depois do jogo, com tambores, vuvuzelas e gritos de guerra em apoio à Celeste.
A percepção é que o time cumpriu com seu papel ao alcançar posição a que não chegava havia 40 anos.
"[Os jogadores] nos deram dignidade como sociedade. Demonstraram que com paciência e humildade, sem escândalos, podem ser feitas coisas importantes", disse o presidente uruguaio, José Mujica, antes da semifinal.
Na televisão, os programas que precediam a partida repercutiam iniciativas bem- -humoradas que tomaram conta do país desde a vitória sobre Gana, que garantiu a vaga nas semifinais.
Uma delas era a paródia de um anúncio de refrigerante convocando os uruguaios a convencer os 40 milhões de argentinos a torcer para a seleção nacional ontem.
Em mensagens de texto espalhadas nacionalmente por celular, piadas alusivas à derrota do time de Maradona para a Alemanha solicitavam ao país vizinho que "cuidasse das pontes" (entre os dois países) porque os uruguaios "se demorariam na África do Sul mais um pouquinho".
O Uruguai viveu dias de glória depois da conquista da vaga nas semifinais. Os poucos céticos que não levavam fé na Celeste terminaram por aderir à euforia que tomou conta do país. A classificação passou a pautar todas as conversas, em todos os âmbitos.
Ainda na manhã de ontem, uruguaios retardatários chegavam à África do Sul para acompanhar o desempenho da equipe de Oscar Tabárez na Cidade do Cabo.


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