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Holanda, de novo precisa, passa sufoco
Após Sneijder e Robben marcarem, time, displicente, quase é castigado
DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO
A Holanda chegou à final
da Copa com outra atuação
cirúrgica e de pouco brilho.
Não dominou o Uruguai e
correu até o risco de tomar o
empate nos acréscimos.
Mas aproveitou melhor as
chances que teve, contou
com outra boa atuação de
seus dois craques e, mais
uma vez, ouviu o adversário
reclamar da arbitragem.
Foi o sexto triunfo holandês na Copa, o quinto por
apenas um gol de diferença,
o quarto em que finalizou
menos vezes do que o rival.
Ontem, a Holanda deu 11
chutes a gol, contra 12 dos
uruguaios. Também fez mais
faltas (16 a 15) e levou mais
cartões amarelos (3 a 2).
Holanda e Uruguai faziam
jogo parelho até os 18min,
quando Van Bronckhorst
acertou um chute de 40 metros no ângulo de Muslera.
E não houve muito mais do
time de laranja no primeiro
tempo. Com Sneijder e Robben aparentemente controlados, o time permitiu ao Uruguai, sem Suárez (suspenso),
aproximar-se do empate.
Um chute de Forlán, não
de tão longe, mas com efeito
semelhante ao do gol holandês, igualou o placar: 1 a 1.
E, como contra o Brasil, a
Holanda resolveu o jogo em
poucos lances na etapa final.
Aos 15min, logo após Stekelenburg ter feito grande
defesa em cobrança de falta
de Forlán, o meia Sneijder
começou a ganhar o jogo.
O camisa 10 recolheu a bola na esquerda e chutou rasteiro. A bola tocou na zaga,
enganou Muslera, bateu na
trave e entrou: 2 a 1. Van Persie, em impedimento, ainda
tentou desviar a bola. "Claro
que ele me atrapalhou no
lance", lamentou o goleiro.
Nas quartas de final, o Brasil reclamou de pênalti não
marcado em Kaká. Nas oitavas, quando a Holanda bateu
a Eslováquia por 2 a 1, o técnico eslovaco, Vladimir Weiss,
disse que "o juiz interferiu".
Três minutos depois do
contestado segundo gol, a
Holanda fez o terceiro. Após
uma série de passes no meio,
Kuyt cruzou da esquerda na
cabeça de Robben: 3 a 1.
O jogo não viu goleada pela displicência dos holandeses, a mesma exibida ante o
Brasil. E o castigo quase veio.
Maxi Pereira descontou
aos 47min, após uma falta
ensaiada. Nos dois minutos
seguintes, o Uruguai acampou na área do rival. "Confesso que temi pelo pior", falou
o auxiliar Frank de Boer.
Mas, outra vez por pouco, a
Holanda avançou.
(MARTÍN FERNANDEZ E PAULO COBOS)
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