São Paulo, segunda-feira, 07 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

São Paulo empata e segue na ponta

De novo, reservas rendem bem abaixo dos titulares, em jogo com o Botafogo, mas equipe se mantém no topo Brasileiro

Botafogo 1
São Paulo 1


DA REPORTAGEM LOCAL

Ao montar seu elenco para temporada, a diretoria do São anunciou que queria 22 titulares. Pelos resultados do time reserva, que vem atuando no Brasileiro, não conseguiu. Mas se manteve como líder.
Ontem, mais uma vez, o time B são-paulino teve rendimento bem abaixo do principal e apenas empatou com o Botafogo.
Nas três rodadas do Brasileiro em que a maioria do time foi de reservas, o São Paulo obteve aproveitamento de 44,4% dos pontos -quatro em nove possíveis. Antes, obteve 72,2% dos pontos ao usar os titulares.
Esse rendimento é resultado da diferença de qualidade dos dois times, que pode ser observada na comparação da atuação de ontem com a do meio de semana, pela Libertadores.
Sem nenhum titular -até o goleiro Rogério foi poupado-, o São Paulo errou mais passes, finalizou menos, fez mais faltas, teve menos posse de bola e foi menos criativo na articulação de ataques. É o que mostram os números do Datafolha.
Contra o Botafogo, foram só 66,3% de acerto nos passes, contra 79,1% do jogo com o Chivas. E isso porque o São Paulo da Libertadores deu 80 passes a mais do que o do Brasileiro. Ontem, o time finalizou dez vezes, contra 14 na quarta-feira. E o aproveitamento caiu de 57% para 40%.
Sem um bom toque de bola, o time reserva apelou a cruzamentos na área e a uma marcação dura, em que cometeu quase o dobro das faltas dos titulares -30 contra 17. Mesmo assim, a equipe suplente teve dificuldades para parar o Botafogo, que fechou a 15ª rodada na zona de rebaixamento do Brasileiro, ocupando a 17ª colocação.
O time carioca chegou ao gol logo aos 9min do primeiro tempo, quando Felipe Adão gingou na entrada da área, diante da zaga parada, e chutou no canto do goleiro Bosco.
O São Paulo até criou algumas chances no primeiro tempo, mas o atacante Thiago, pouco inspirado, as desperdiçou.
Depois do intervalo, porém, o atleta se redimiu, ao empatar em chute de primeira, completando cruzamento de Richarlyson da esquerda, aos 6min.
Foi a senha para o jogo se tornar morno na segunda etapa. As duas equipes ainda tiveram chances, mas o baixo aproveitamento nas conclusões manteve a igualdade no placar.
Apesar das evidências da queda de rendimento do time, os jogadores exaltaram a liderança no Brasileiro.
"É muito bom essa transição entre time titular e reserva. Dá confiança para todos jogarem", disse o zagueiro Edcarlos, que pode ser titular na final da Libertadores -depende da escalação ou não de André Dias.
Mas o São Paulo tem se sustentado na ponta menos pelas suas atuações e mais pelos tropeços dos rivais. Ontem, o Inter, adversário de quarta na final da Libertadores, até então o mais próximo na tabela, perdeu para o Santos após fazer 1 a 0.
Na rodada anterior, quando foi goleado pelo mesmo Santos, Inter, Fluminense, Cruzeiro e Paraná falharam. Com 30 pontos, vê agora o rival paranaense (27) como maior perseguidor.
Entre os dois jogos da Libertadores, o São Paulo volta ao Brasileiro, no domingo. Contra o Goiás, no Morumbi, e provavelmente com os reservas.


Texto Anterior: Juca Kfouri: Rodada quente só na rabeira
Próximo Texto: Após madrugar, torcida esgota arquibancadas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.