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TCU já elege os "elefantes" da Copa-14
Para tribunal, estádios de AM, DF, MT e RN estão fadados ao prejuízo
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Pelo menos quatro dos 12
estádios da Copa do Mundo
de 2014 correm risco de virar
"elefantes brancos", segundo avaliação do TCU (Tribunal de Contas da União).
O Vivaldão, estádio do
Amazonas, o Mané Garrincha (em Brasília), o Verdão
(em Mato Grosso) e a Arena
das Dunas (no Rio Grande do
Norte) são citados no relatório do TCU como obras que
dificilmente cobrirão os custos de manutenção depois da
realização do segundo Mundial de futebol no Brasil.
As quatro obras somadas
chegam a R$ 1,94 bilhão.
No documento de 28 páginas, técnicos do tribunal de
contas fazem o alerta ao declarar que "o risco associado
à construção de "elefantes
brancos" nas quatro cidades
pode ser considerado alto".
Eles alegam que o quadro
se agrava nessas obras ""não
somente em virtude de serem
locais com pouca tradição no
futebol mas também pela relação histórica entre público
pagante e valor do ingresso".
Os clubes dos três Estados
citados e também os do Distrito Federal estão fora da primeira divisão do Brasileiro
de 2010 e raramente chegam
à elite do futebol nacional.
No relatório elaborado para avaliar os riscos envolvendo as obras do Mundial, o
TCU também dividiu as futuras arenas em três grupos.
Rio, Belo Horizonte e São
Paulo, que ainda não tem estádio aprovado pela Fifa, e
Rio Grande do Sul estão fora
do grupo tido como de risco.
Paraná, Ceará, Pernambuco e Bahia vêm a seguir, listados num nível intermediário.
SEM QUALIFICAÇÃO
Funcionários do tribunal
ainda censuram a qualidade
dos projetos apresentados,
além de afirmarem que o
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) não tem "pessoal
qualificado para análise técnica de engenharia dos projetos dos estádios".
O BNDES é a principal fonte financeira para os governos estaduais construírem as
arenas para a competição.
Na terça-feira passada, em
votação, o Senado abriu caminho para o banco aprovar
durante o período eleitoral os
financiamentos que vão ajudar os Estados a erguer seus
estádios. Até então, o BNDES
poderia repassar a verba somente até o último dia 2.
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