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"Primeiro da fila", Rosberg afirma que está pronto
Alemão é apontado como principal candidato a substituto de Alonso caso o espanhol saia da McLaren no ano que vem
Piloto da Williams está entre os que mais evoluíram da temporada passada para esta; nas últimas cinco provas, pontuou em quatro
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI
Nico Rosberg está pronto.
Apontado como o mais provável substituto para Fernando
Alonso no caso de o espanhol
sair da McLaren no ano que
vem, o alemão de 22 anos fez a
lição de casa nesta temporada.
Independentemente de seu
resultado no GP da China, que
aconteceria nesta madrugada e
poderia dar a Lewis Hamilton o
título mundial, Rosberg foi um
dos pilotos que mais evoluíram
de 2006 para 2007.
Em seu ano de estréia, conquistou quatro pontos. Agora,
sem contar com as provas em
Xangai e Interlagos, já amealhou 15. Nas últimas cinco corridas, pontuou em quatro -só
ficou fora da zona de pontuação
em Fuji, onde abandonou com
um problema elétrico no carro.
"Acredito que, se você é crítico consigo mesmo, essa evolução é normal", declarou o piloto
da Williams à Folha. "Cheguei
muito novo à F-1 e, depois de
uma temporada, acho que já tenho muito mais experiência."
Rosberg divide os méritos do
bom desempenho com a equipe. Depois de sua pior temporada desde 1983 -ficou em oitavo no Mundial de Construtores do ano passado-, a Wil-liams disputa com a Red Bull o
quarto lugar. "O fato de a equipe ter melhorado me permitiu
também ser mais consistente,
foi trabalho em conjunto."
Mas a parceria pode acabar
em breve. Até Bernie Ecclestone, homem forte da F-1, tem
feito campanha para Rosberg
assumir o cockpit de Alonso caso ele deixe a McLaren.
"Se fosse eu, escolheria o Nico", disse o dirigente. "Fico
muito feliz com o elogio, mas é
só isso, não muda nada para
mim", afirmou o piloto alemão.
"Tenho contrato com a Wil-liams e, para mim, o que vale é
o papel em que meu nome está
assinado", emendou, de bate-pronto. Mas e se tivesse a oportunidade de correr por um time de ponta? "Claro que eu estaria pronto", afirmou. "Mas
não acho que a responsabilidade seria muito diferente."
"Pelo contrário. Aqui na Wil-liams tenho muita gente trabalhando no carro também, com
a diferença de que somos um
time independente, que depende de resultados, diferentemente dos outros times do
grid. Aqui dependemos deste
dinheiro que ganhamos para
seguir correndo", completou.
Ex-companheiro de equipe e
rival de Hamilton desde o kart,
Rosberg lembra com saudades
daquele tempo. "Adoraria voltar a competir com ele", declarou o piloto da Williams, que
foi o primeiro campeão da GP2,
em 2005, e, no ano seguinte,
viu o amigo ganhar o título e
ser catapultado para a F-1.
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