São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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o reencontro

Juntos, Kaká e seleção buscam o gol

Meia-atacante volta hoje ao time nacional, nos treinamentos para as eliminatórias, depois de quase 1 ano de ausência

Na sua pior fase como goleador na Itália, milanista é esperança do Brasil de Dunga acabar com a pífia média de um gol por jogo


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quase um ano, Kaká reencontra hoje a seleção brasileira, que começa em Teresópolis os treinos para os jogos contra Venezuela, domingo, e Colômbia, no dia 15, pelas eliminatórias para 2010.
Na sua ausência, o time de Dunga entrou numa crise ofensiva de raros precedentes na história já quase centenária do time nacional. Foram oito jogos em 2008, todos sem o astro do Milan. Neles, o Brasil marcou apenas oito vezes.
A exata média de um gol por partida é a menor, contando apenas jogos contra seleções nacionais, em um ano desde 1990, quando com o time que fracassou na Copa da Itália, que tinha Dunga como jogador, e a equipe cheia de novatos de Falcão, marcou 9 gols em 11 jogos.
Só que Kaká recebe a responsabilidade de resgatar a artilharia no ano em que mais sofre para achar o caminho do gol.
Sofrendo com lesões, ele marcou apenas nove vezes em jogos oficiais pelo Milan.
Seca maior acontece na temporada 2008/2009, quando o meia-atacante de 25 anos teve a pré-temporada prejudicada pela recuperação na cirurgia no joelho -problema que o afastou da seleção.
Já são sete jogos válidos por competições oficiais, com apenas um gol. A média de 0,14 por partida é pior das seis temporadas que Kaká acumula no Milan, onde tem agora a companhia de Ronaldinho.
Antes das lesões, outro motivo para trocas de farpas entre Kaká e Dunga, o meia-atacante era o artilheiro da seleção sob o comando do técnico, com nove gols. Mesmo depois de longa ausência, ele tem hoje só um gol a menos que Robinho.
Com o melhor do mundo em 2007, segundo a Fifa, a média de gols do time de Dunga é 32% maior do que sem ele. O aproveitamento do time também sobe 16 pontos percentuais.
Mais dramática ainda foi a ausência de Kaká nas eliminatórias. Foram quatro jogos com ele em campo e quatro sem. Quando ele atuou, o Brasil somou oito pontos. Quando ele ficou fora, só cinco.
Gente que trabalha na CBF já aconselhou Dunga a receber Kaká da mesma forma que Ronaldinho quando este foi chamado para o time olímpico.
A idéia é fazer com que os dois troquem as farpas por um relacionamento próximo. Isso porque já ficou claro que a seleção atual tem poucas chances de brilhar e conseguir bons resultados sem o meia-atacante, que tinha embarque para o Brasil previsto para ontem à noite.
A seleção treina até sexta-feira em Teresópolis, quando viaja para a Venezuela. Lá, passa uma noite em Maracaibo e viaja no sábado para San Cristobal, local do jogo contra o sétimo colocado nas eliminatórias para 2010. O jogo contra a Colômbia será no Maracanã.
Faltando só uma rodada para o fim do primeiro turno das eliminatórias, o Brasil é o segundo colocado, quatro pontos atrás do líder Paraguai.
Os quatro primeiros sul-americanos se classificam automaticamente para a Copa da África do Sul. O quinto ainda tem a chance de jogar uma repescagem contra um rival da Concacaf, a federação das Américas do Norte e Central.


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