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o reencontro
Juntos, Kaká e seleção buscam o gol
Meia-atacante volta hoje ao time nacional, nos treinamentos para as eliminatórias, depois de quase 1 ano de ausência
Na sua pior fase como
goleador na Itália, milanista
é esperança do Brasil de
Dunga acabar com a pífia
média de um gol por jogo
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de quase um ano, Kaká reencontra hoje a seleção
brasileira, que começa em Teresópolis os treinos para os jogos contra Venezuela, domingo, e Colômbia, no dia 15, pelas
eliminatórias para 2010.
Na sua ausência, o time de
Dunga entrou numa crise ofensiva de raros precedentes na
história já quase centenária do
time nacional. Foram oito jogos em 2008, todos sem o astro
do Milan. Neles, o Brasil marcou apenas oito vezes.
A exata média de um gol por
partida é a menor, contando
apenas jogos contra seleções
nacionais, em um ano desde
1990, quando com o time que
fracassou na Copa da Itália, que
tinha Dunga como jogador, e a
equipe cheia de novatos de Falcão, marcou 9 gols em 11 jogos.
Só que Kaká recebe a responsabilidade de resgatar a artilharia no ano em que mais sofre
para achar o caminho do gol.
Sofrendo com lesões, ele
marcou apenas nove vezes em
jogos oficiais pelo Milan.
Seca maior acontece na temporada 2008/2009, quando o
meia-atacante de 25 anos teve a
pré-temporada prejudicada pela recuperação na cirurgia no
joelho -problema que o afastou da seleção.
Já são sete jogos válidos por
competições oficiais, com apenas um gol. A média de 0,14 por
partida é pior das seis temporadas que Kaká acumula no Milan, onde tem agora a companhia de Ronaldinho.
Antes das lesões, outro motivo para trocas de farpas entre
Kaká e Dunga, o meia-atacante
era o artilheiro da seleção sob o
comando do técnico, com nove
gols. Mesmo depois de longa
ausência, ele tem hoje só um
gol a menos que Robinho.
Com o melhor do mundo em
2007, segundo a Fifa, a média
de gols do time de Dunga é 32%
maior do que sem ele. O aproveitamento do time também
sobe 16 pontos percentuais.
Mais dramática ainda foi a
ausência de Kaká nas eliminatórias. Foram quatro jogos com
ele em campo e quatro sem.
Quando ele atuou, o Brasil somou oito pontos. Quando ele ficou fora, só cinco.
Gente que trabalha na CBF já
aconselhou Dunga a receber
Kaká da mesma forma que Ronaldinho quando este foi chamado para o time olímpico.
A idéia é fazer com que os
dois troquem as farpas por um
relacionamento próximo. Isso
porque já ficou claro que a seleção atual tem poucas chances
de brilhar e conseguir bons resultados sem o meia-atacante,
que tinha embarque para o Brasil previsto para ontem à noite.
A seleção treina até sexta-feira em Teresópolis, quando viaja para a Venezuela. Lá, passa
uma noite em Maracaibo e viaja no sábado para San Cristobal, local do jogo contra o sétimo colocado nas eliminatórias
para 2010. O jogo contra a Colômbia será no Maracanã.
Faltando só uma rodada para
o fim do primeiro turno das eliminatórias, o Brasil é o segundo
colocado, quatro pontos atrás
do líder Paraguai.
Os quatro primeiros sul-americanos se classificam automaticamente para a Copa da
África do Sul. O quinto ainda
tem a chance de jogar uma repescagem contra um rival da
Concacaf, a federação das Américas do Norte e Central.
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