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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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Clube do interior, que tenta estrear em 2004 na elite do país, tem melhor segundo time de SP

Ainda na luta pela Série A, Marília consagra o plano B

Marlon Sanches/'Diário de Marília'
O goleiro Carlos César, do Marília B, time que disputa a semifinal da Copa Estado de São Paulo


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda há chance de o principal objetivo do Marília neste ano, a conquista de uma vaga na Série A do Brasileiro, vingar. Porém o plano B montado pelo clube paulista para a temporada já vingou.
O melhor time B do Estado de São Paulo está em Marília. O Marília B estréia hoje nas semifinais da Copa Estado de São Paulo, competição que reuniu 32 equipes, algumas forças tradicionais do interior e alguns times B.
O Palmeiras B, o São Paulo B, o Guarani B e o São Caetano B atuaram no torneio estadual e não conseguiram avançar aos mata-matas. O Marília B foi o líder de sua chave ao término da fase de classificação e já despachou o Rio Claro nas quartas-de-final da competição ao vencer por 2 a 0.
Hoje, enfrenta em casa o Ituano no jogo de ida da fase semifinal. O rival, assim como o Santo André, outro semifinalista da Copa Estado de São Paulo, está nas quartas-de-final da Série C do Nacional. Pode-se dizer que, tecnicamente, o Marília B teria condições de estar disputando o título da terceira divisão do Brasileiro.
"Nós montamos o time B neste ano. Tínhamos convicção de que faríamos uma grande campanha na Série B do Brasileiro com a equipe principal, mas a campanha do Marília B foi uma surpresa", disse José Roberto Duarte de Mayo, presidente do Marília.
O sucesso do Marília B ressalta a crise de alguns dos clubes do interior que fizeram muita história no futebol paulista. A segunda equipe do Marília deixou para trás os times principais de Ferroviária, XV de Jaú, São Bento, Francana e XV de Piracicaba, entre outros.
O Marília B atropelou muitos de seus adversários (5 a 0 no Taquaritinga, 5 a 1 no América, 5 a 2 no Noroeste, no Rio Preto e na Inter de Bebedouro), mostrando uma vocação ofensiva que o Marília não tem na Série B do Nacional.
O time B do Marília faz 2,26 gols por jogo. O Marília registra na Série B do Brasileiro 1,41 gol por partida (não marcou ainda no quadrangular final). O aproveitamento de pontos do Marília B também é melhor que o do time principal (66,6%, contra 52,6% do "A").
"Cheguei faz cinco meses em Marília e encontrei vários jogadores de qualidade. A base do time é formada por jovens atletas, que vão inclusive jogar a Copa São Paulo júnior. Às vezes aproveito um jogador que não foi relacionado para o jogo do time principal, mas a equipe é mesmo de pratas da casa", disse Paulo Sérgio Tognasini, 40, técnico do Marília B.
As divisões de base do Marília são um sucesso. Nas categorias infantil, juvenil e júnior do Paulista, o clube ainda está na disputa.
O sucesso do Marília é explicado por uma parceria feita em 2001 com a empresa American Sport, que assumiu a administração do clube. A firma é controlada por Luiz Antonio Duarte Ferreira, primo do presidente do time.
""A ascensão do São Caetano foi um exemplo para a gente. Vimos que podemos chegar longe", disse Duarte de Mayo, que colocou um outro membro da família para também gerir o Marília. "Um outro primo [João Carlos Duarte Ferreira] é vice-presidente."


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