Dirigente da confederação de basquete ignora novo técnico e faz questão de contar com jogadora

Mesmo após problemas com treinador, atleta só não disputa o torneio de 2010, na República Tcheca, se não quiser, afirma a diretora

JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O retorno da ala Iziane à seleção brasileira está próximo. Pelo menos essa é a intenção da diretora do departamento feminino da Confederação Brasileira de Basquete, Hortência.
Independentemente do técnico que for escolhido para comandar a equipe neste ciclo olímpico, a dirigente garante que vai chamar a jogadora para a disputa do Mundial de 2010, que será disputado em setembro, na República Tcheca.
"Se ela vai aceitar, eu já não sei. Mas que eu vou convocá-la, eu vou", afirmou a ex-jogadora.
Os problemas de Iziane com a comissão técnica da seleção começaram em junho de 2008, na Espanha, durante o Pré- -Olímpico, quando a jogadora se negou a retornar à quadra depois de ser substituída na partida contra a Bielorrússia.
Na sequência, ela foi cortada pelo técnico Paulo Bassul e não voltou mais ao time.
"Os problemas de relacionamento da jogadora não foram suficientes para afastá-la da equipe nacional", afirmou Hortência. "A gente não pode ter vaidade quando está em uma seleção brasileira. Nós temos de convocar quem são os melhores", completou.
Quando assumiu a direção na CBB, em maio, Hortência tentou reatar o relacionamento da ala com o técnico. Iziane foi chamada para a Copa América, mas declinou do convite.
"Ela é uma jogadora importante para a seleção. Nós vamos disputar um Mundial e precisamos estar com a nossa força máxima. Só não vai defender a seleção se ela não quiser", disse.
Hortência viaja para a Europa no fim deste mês para acompanhar o sorteio dos grupos para o Mundial. A dirigente vai aproveitar para encontrar Iziane, Érika e as demais atletas que estiverem no continente.
"Sempre mantenho o contato com todas as jogadoras do grupo. Mesmo que seja por e- -mail", afirmou a dirigente.
O técnico Paulo Bassul, que aguarda o contato da CBB para acertar seu futuro com a seleção, não quis dizer se aceitaria convocar Iziane outra vez.
"Pessoalmente nunca tive problema com ela, de maneira nenhuma. Mas, como técnico de seleção, eu prefiro não falar porque não tenho um contrato assinado e não seria correto."
A confederação só definirá quem será o treinador da seleção após o término das competições das categorias de base, no final deste mês.
Antes, porém, Bassul irá encontrar Hortência e os demais dirigentes da entidade para uma palestra que contará com todos os treinadores de seleções nacionais, marcada para o próximo dia 13. O evento será após a apresentação do campeonato nacional feminino.


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