São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

São Paulo joga no tudo ou nada

Clube, que soma fracassos em duelos decisivos com Muricy, precisa só empatar para obter 6º título

Acostumada a decidir com antecedência nos pontos corridos, equipe encara ambiente tenso por buscar o troféu na última rodada


EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo de Muricy Ramalho já mostrou que é bom no longo prazo. Hoje, no entanto, precisa provar que também sabe decidir em só 90 minutos.
No Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, o time do Morumbi joga por um empate contra o Goiás, às 17h, para conquistar seu sexto Brasileiro. O terceiro nos pontos corridos, só que com um desfecho bem diferente dos outros dois.
Em 2006 e 2007, o São Paulo chegou ao título com rodadas de antecedência. Agora, a decisão ficou para a última jornada, quando não é mais permitido errar (a menos que o Grêmio, em casa, não faça sua parte e não ganhe do Atlético-MG) e ainda tem de lidar com as pressões extracampo, tal qual a troca de árbitro na última hora e suspeitas sobre a lisura do jogo.
E é aí que mora o perigo.
Na era Muricy, o São Paulo tem um histórico de fracassos em jogos em que é tudo ou nada. Foi assim nas últimas três Libertadores, incluindo quando o time tinha a vantagem do empate, como contra o Grêmio, no ano passado, e diante do Fluminense, nesta temporada.
Também aconteceu nas últimas duas edições do Campeonato Paulista, em que o São Paulo parou nas semifinais, ante São Caetano e Palmeiras.
A pressão aumentou depois de o time do Morumbi ter desperdiçado no domingo passado a chance de novamente comemorar com antecedência, ao não conseguir vencer, em casa, o Fluminense (1 a 1).
A decepção e a confusão causada pelas suspeitas extracampo transformou os dias que antecederam o duelo em um ambiente tenso, com Muricy bastante mal-humorado, e os jogadores respondendo de forma áspera às provocações de rivais.
"Eu não fico ansioso, mas fico preocupado com as situações que podem ocorrer durante o jogo", afirmou o goleiro Rogério. Seus colegas dizem que não entrarão em campo hoje mais pressionados pelo fato de esta ser a última chance.
"A pressão existirá sempre. E temos de estar preparados para isso. No São Paulo, a pressão é durante o ano todo, o tempo inteiro", disse o atacante Borges.
"[Numa semana decisiva] A preparação psicológica é a que mais se altera. Têm uns jogadores que sofrem, outros que ficam mais soltos. Isso porque você não tem como melhorar tecnicamente ou fisicamente em uma semana", diz Rogério.


NA TV - Goiás x São Paulo
Globo (para SP e PE), Band (menos RJ e RS) e Sportv (menos RJ e DF), ao vivo, às 17h



Texto Anterior: Paulo Vinicius Coelho: A mala e o troféu
Próximo Texto: Histórico: Clube ganhou três taças fora
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.