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São Paulo joga no tudo ou nada
Clube, que soma fracassos em duelos decisivos com Muricy, precisa só empatar para obter 6º título
Acostumada a decidir com antecedência nos pontos corridos, equipe encara ambiente tenso por buscar
o troféu na última rodada
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo de Muricy Ramalho já mostrou que é bom no
longo prazo. Hoje, no entanto,
precisa provar que também sabe decidir em só 90 minutos.
No Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, o time do Morumbi joga por um empate contra o Goiás, às 17h, para conquistar seu sexto Brasileiro. O
terceiro nos pontos corridos, só
que com um desfecho bem diferente dos outros dois.
Em 2006 e 2007, o São Paulo
chegou ao título com rodadas
de antecedência. Agora, a decisão ficou para a última jornada,
quando não é mais permitido
errar (a menos que o Grêmio,
em casa, não faça sua parte e
não ganhe do Atlético-MG) e
ainda tem de lidar com as pressões extracampo, tal qual a troca de árbitro na última hora e
suspeitas sobre a lisura do jogo.
E é aí que mora o perigo.
Na era Muricy, o São Paulo
tem um histórico de fracassos
em jogos em que é tudo ou nada. Foi assim nas últimas três
Libertadores, incluindo quando o time tinha a vantagem do
empate, como contra o Grêmio,
no ano passado, e diante do
Fluminense, nesta temporada.
Também aconteceu nas últimas duas edições do Campeonato Paulista, em que o São
Paulo parou nas semifinais, ante São Caetano e Palmeiras.
A pressão aumentou depois
de o time do Morumbi ter desperdiçado no domingo passado
a chance de novamente comemorar com antecedência, ao
não conseguir vencer, em casa,
o Fluminense (1 a 1).
A decepção e a confusão causada pelas suspeitas extracampo transformou os dias que antecederam o duelo em um ambiente tenso, com Muricy bastante mal-humorado, e os jogadores respondendo de forma
áspera às provocações de rivais.
"Eu não fico ansioso, mas fico
preocupado com as situações
que podem ocorrer durante o
jogo", afirmou o goleiro Rogério. Seus colegas dizem que não
entrarão em campo hoje mais
pressionados pelo fato de esta
ser a última chance.
"A pressão existirá sempre. E
temos de estar preparados para
isso. No São Paulo, a pressão é
durante o ano todo, o tempo inteiro", disse o atacante Borges.
"[Numa semana decisiva] A
preparação psicológica é a que
mais se altera. Têm uns jogadores que sofrem, outros que ficam mais soltos. Isso porque
você não tem como melhorar
tecnicamente ou fisicamente
em uma semana", diz Rogério.
NA TV - Goiás x São Paulo
Globo (para SP e PE), Band (menos
RJ e RS) e Sportv (menos RJ e DF),
ao vivo, às 17h
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