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Sempre Flamengo
Equipe dirigida por Andrade sai da 10ª posição na tabela para conquistar o Brasileiro com virada dramática no Maracanã
Petkovic fica em campo,
apesar de sinalização para
sair, e cobra o escanteio que
dá origem à virada e à festa
da torcida flamenguista
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Era improvável que o Palmeiras tropeçasse tanto no
Brasileiro após abrir cinco pontos na ponta. Era improvável
que o São Paulo perdesse dois
jogos nas três rodadas finais.
Era improvável que Flamengo, décimo colocado no primeiro turno, conseguisse 70% dos
pontos nas 17 rodadas finais.
Era improvável que Petkovic
ficasse em campo após o técnico Andrade mandar levantar a
placa para substituí-lo por
Fierro. A saída seria consequência de uma atuação ruim.
Mas o árbitro Héber Roberto
Lopes demorou a autorizar a
saída do sérvio. E ele teve tempo para cobrar um escanteio.
Acertou. A cabeçada de Ronaldo Angelim entrou no canto
do gol gremista. Era o segundo
gol de zagueiro na partida -o
primeiro foi de Deivid, enquanto o atacante Adriano passava
em branco. Improvável.
O placar do Maracanã marcava 2 a 1 para o Flamengo. E
esse foi o ponto final do jejum
de 17 anos do clube carioca sem
o Campeonato Brasileiro.
"Conseguimos colocar peças-chaves. Tivemos um pouco
de sorte e competência", contou o atacante Adriano.
A sorte esteve nos seguidos
tropeços do time alviverde, que
permitiram a aproximação. Inter e Atlético-MG também passaram a perder pontos. E, nas
rodadas finais, o São Paulo perdeu dois de seus três jogos.
Sobrava a liderança para o
Flamengo na penúltima rodada. Sem aspiração, o Grêmio se
desenhava como uma presa fácil. Mais uma vez, não era o que
parecia. Mas uma virada acabou com o jejum rubro-negro,
num domingo de festa para o
futebol do Rio: o Botafogo escapou do rebaixamento, assim
como o Fluminense, este num
jogo marcado pela violência
dos torcedores em Curitiba.
O vice-campeonato ficou
com o Internacional. São Paulo
e Cruzeiro garantiram vaga na
Libertadores. O Palmeiras, time que mais liderou o Nacional, ficou de fora. Improvável.
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