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Diretoria já traça objetivos mais modestos
DO ENVIADO AO RIO
O Palmeiras será mais modesto em 2010, ao menos no
que se refere a contratações.
A diretoria, que bancou a
permanência do técnico Muricy Ramalho ontem, ainda
no Engenhão, já admite ter
de se adaptar a um cenário
sem a vaga na Libertadores.
"Não tem nenhuma contratação próxima, mas é claro que vínhamos analisando
alguns nomes com a ideia da
Libertadores", disse o vice-
-presidente Gilberto Cipullo.
Nomes como o do chileno
Valdivia e o do atacante Kléber, que o presidente Luiz
Gonzaga Belluzzo desejava,
ficaram mais distantes.
Ao ser questionado se a ausência palmeirense na principal competição interclubes
do continente fará alguns jogadores repensarem a permanência no clube, Cipullo
admitiu que é bem possível.
"Eles podem pensar dessa
forma, sim. Mas continuaremos com essa base forte para
disputar os campeonatos de
2010", afirmou o cartola.
Cipullo, que vem em rota
de colisão com Muricy desde
o empate com o Sport, em 11
de novembro, bancou o treinador para o ano que vem.
"Não tem razão para ser
diferente. No geral, o saldo
do trabalho é positivo", disse.
Sobre a saída de algumas
peças do elenco, o dirigente
garantiu que a maioria deve
continuar no clube. Ele já
vem negociando a renovação
de atletas que estão emprestados ao Palmeiras, casos do
zagueiro Danilo e dos atacantes Robert e Ortigoza.
Muricy lamentou que a
nova realidade, mais modesta, já terá reflexo direto nos
pedidos de reforços.
"Claro que vários jogadores que o Palmeiras pensava
eram para a Libertadores.
Precisa ver o lado econômico
do clube... Não adianta pedir
se não tiver dinheiro para pagar", afirmou o treinador,
que lamentou a oportunidade perdida de se tornar tetracampeão brasileiro -foi tri
no São Paulo (2006-08).
"Eu vim para o Palmeiras
para ser campeão. Tive várias propostas de outros clubes, mas aceitei vir pela grande chance que o time tinha
de ganhar o campeonato."
Outra inquietação dos cartolas e da comissão técnica é
com a reação do torcedores
após o fiasco, tendo em vista
os recentes episódios de violência contra os jogadores.
Na semana retrasada, o
ônibus com a delegação foi
alvo de emboscada quando
retornava do período de concentração feito em Itu. Dias
depois, o atacante Vagner
Love foi agredido quando
saía de agência bancária.
"Existe a preocupação. A
polícia está cuidando da segurança. Crítica é normal,
mas as manifestações têm de
ser pacíficas", disse Cipullo.
O Palmeiras voltou ontem
mesmo do Rio em voo fretado para a capital.
(RC)
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