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Derrota no Rio faz Palmeiras jogar temporada no lixo
Resultado diante do Botafogo somado à vitória do Cruzeiro
tira da Libertadores-10 o time que mais liderou o Brasileiro
Botafogo 2
Palmeiras 1
RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Nem o título nem a vaga na
Libertadores. A temporada do
Palmeiras foi para o lixo, ontem
à tarde, no Engenhão. A derrota
para o Botafogo somada à vitória do Cruzeiro tirou o time que
liderou 17 rodadas do Brasileiro
da principal competição do
continente em 2010.
Justamente o clube que por
mais tempo esteve no topo terminou a competição em quinto, com 62 pontos. Acabou ultrapassado pelos mineiros no
número de vitórias (18 a 17).
Dos últimos 33 pontos em jogo, o Palmeiras somou só nove
(27% de aproveitamento). Esta
foi a sexta, de 38 jornadas, em
que o clube não figurou no G4.
"É difícil, só dependia da gente", disse Danilo, um dos poucos a falar no gramado. Diego
Souza, Cleiton Xavier e Marcos
ignoraram os microfones.
O capítulo final e mais triste
da trajetória alviverde neste
ano teve requintes de melancolia. Ninguém se safou. Até mesmo Pierre, o guerreiro, errou e
permitiu aos cariocas iniciarem a jogada do segundo gol.
Àquela altura, porém, o empate entre Santos e Cruzeiro na
Vila Belmiro mantinha os mineiros fora do G4. O Palmeiras
seria obrigado a disputar a pré-
-Libertadores, assim como
ocorreu nesta temporada.
Veio, então, a notícia de que
Kléber, o atacante que o presidente palmeirense, Luiz Gonzaga Belluzzo, quer trazer de
volta ao Parque Antarctica, fizera o segundo do Cruzeiro.
As ironias da última rodada
do torneio fulminaram o time.
Kléber, o xodó, enterrou a esperança verde de disputar a Libertadores. E Vanderlei Luxemburgo, o técnico que Belluzzo demitiu na metade do
ano, indiretamente vingou-se
com a derrota do Santos.
O gol marcado pelo centroavante Robert, já aos 47min da
etapa final, foi a imagem que ficou da equipe paulista no Brasileiro. A de um conjunto que,
no meio do caminho, perdeu a
alma, a confiança e os nervos.
Ontem, eles mantiveram-se
em níveis normais durante metade da etapa inicial. Com bom
toque de bola e atuação destacada de Cleiton Xavier, a equipe envolveu o Botafogo, que jogava a permanência na elite.
Faltava, no entanto, a pontaria, fundamento que foi piorando no Palmeiras com o passar
dos jogos. Ontem foram 12 chutes tentados e apenas três certos, segundo o Datafolha.
Vagner Love, sempre de costas para o gol, não conseguiu
um arremate a gol sequer.
Após a virada para o segundo
tempo, Muricy tentou mexer
no time. Tirou Sacconi, que já
estava pendurado com o amarelo, e colocou Sandro Silva.
O Palmeiras não se achou
mais no jogo. E passou a exagerar na quantidade de faltas próximas à sua grande área.
O lateral-esquerdo Armero,
em uma de suas piores exibições pelo clube, bateu em Alessandro até ser substituído por
Wendel. Antes, entretanto, cometeu a infração que resultou
no primeiro gol botafoguense.
Aos 12min, Lúcio Flávio encontrou o zagueiro Wellington
na área. A cabeçada foi indefensável para Marcos.
O golpe final no combalido
elenco palmeirense veio aos
21min. Pierre vacilou e perdeu
a bola para Renato. O meia cruzou para Jobson, que vinha na
corrida, e bateu rasteiro: 2 a 0.
Robert ainda descontou. Sem
comemoração. Triste, como
todo o ano palmeirense.
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