São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2008

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homens de área

Seca de gols faz grandes investirem em artilheiros

Após 2007 ruim no ataque, Corinthians, Palmeiras e São Paulo reforçam setor

Acosta, Alex Mineiro e Adriano chegam com a missão de reverter a queda na média de gols de seus clubes nos últimos três anos

Almeida Rocha/Folha Imagem
Herrera, que reforçará o ataque do Corinthians, treina em Itu


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é sem motivo que goleadores são os principais reforços dos três grandes paulistanos para a temporada 2008, que começa no dia 16, com a disputa do Campeonato Paulista.
O corintiano Acosta, o palmeirense Alex Mineiro e o são-paulino Adriano têm a missão de reverter o tombo no poder ofensivo desses clubes nos últimos três anos. A média de gols do Corinthians no Campeonato Brasileiro caiu 49% entre 2005 e 2007. No caso do Palmeiras, o tombo ficou em 35% e, no do São Paulo, em 21%.
Nenhum jogador palmeirense ou são-paulino atingiu ou superou a marca de dez gols no último Nacional, barreira atingida por atletas de 12 dos 20 clubes participantes.
No Corinthians, Finazzi balançou as redes 12 vezes, mas o time terminou com o segundo ataque menos positivo. As revelações do clube, como Lulinha e Dentinho, foram os principais responsáveis pelo pífio desempenho ofensivo.
"É difícil prometer gols, mas, se conseguir um lugar na equipe e jogar todas as partidas, gostaria de repetir 2007. Seria um bom desempenho", disse Finazzi, que não é a principal aposta para a liderança da artilharia no Parque São Jorge.
Seu novo contrato vai lhe render cerca da metade que o recém-contratado Acosta vai ganhar. Isso porque o uruguaio, trintão como Finazzi, chega com a credencial de ter sido vice-artilheiro do Brasileiro de 2007, com 19 gols.
O Corinthians ainda trouxe outro atacante, o argentino Herrera, o que pode levar Finazzi para a reserva.
Alex Mineiro chega ao Palmeiras com a missão de substituir o ídolo Edmundo e Rodrigão, o centroavante do clube no último Nacional, no qual marcou apenas seis tentos.
"Eu sei que a cobrança por gols será muito grande e estou preparado para ela", afirmou o novo atacante do clube, que, mesmo passando boa parte do Nacional de 2007 machucado, ainda assinalou nove gols defendendo o Atlético-PR.
Apesar de comemorar o fato de não pagar nada à Inter de Milão por seu empréstimo, o São Paulo terá no centroavante Adriano o segundo maior salário de seu elenco, só atrás do grande ídolo do clube, o goleiro Rogério. Isso para suprir a falta de um avante que faça gols em grande número. No ano passado, Aloísio marcou modestas seis vezes no Nacional, ou uma a menos do que Rogério.
"Espero fazer muitos gols. A motivação está grande, mas não sou de prometer muito. Gol é relativo, acontece quando se está bem com o grupo", falou Adriano na sua apresentação.


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