São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2004

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FUTEBOL

Juninho, do Corinthians, e Dario Pereyra, da Portuguesa, se enfrentam no Morumbi e tentam acabar com críticas

Técnicos inventores duelam sob pressão

RICARDO PERRONE
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com seus técnicos pressionados já na quarta partida pelo Campeonato Paulista, Corinthians e Portuguesa se enfrentam hoje, às 17h, no estádio do Morumbi.
O corintiano Juninho e o uruguaio Dario Pereyra, comandante da equipe do Canindé, têm também em comum o fato de testarem inovações, a maioria sem o resultado esperado por eles.
A situação de Pereyra é mais delicada. Seu time empatou um jogo, perdeu dois e terminou a rodada anterior como penúltimo do Grupo 1. O lanterninha de cada chave será rebaixado. Se perder hoje, ele pode ser demitido.
Menos inovador que o colega, Pereyra improvisou jogador, testou três laterais-esquerdos e marcou treino em horário incomum.
No Parque São Jorge, Juninho precisa acertar o time no Estadual para resistir até o Brasileiro.
Ele terá de apagar a má impressão deixada na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo-PB pela Copa do Brasil, na última quarta-feira.
Apesar de a equipe se classificar para a segunda fase, sem precisar do jogo de volta, a cúpula corintiana e os jogadores criticaram o esquema adotado pelo treinador. Ele começou com três volantes, três atacantes e nenhum armador.
O esquema foi considerado uma invenção que não deu certo pelos cartolas, que publicamente evitam críticas mais pesadas.
"Ele demorou para mexer no time no segundo tempo", reclamou o diretor técnico Rivellino.
"Jogar sem nenhum armador dificulta muito o meu trabalho, que é abastecer os meias. Tenho que fazer ligação direta com o ataque", explicou Rincón.
Hoje, o treinador deve escalar dois volantes (Rincón e Fabinho), um armador (Rodrigo) e um meia-atacante (Samir ou Dinelson) para evitar mais críticas. O volante Fabrício sai do time.
Isso se Juninho não repetir a estratégia de priorizar o banco de reservas pensando em uma mudança vitoriosa no segundo tempo. É o que ele afirmou ter acontecido na partida disputada em João Pessoa (PB).
"Tomei medidas para ter alternativas no segundo tempo. Antes do jogo, agendei duas substituições. Elas foram feitas quando a partida estava empatada. Deu certo, fizemos 2 a 0", disse ele.
Os gols contra o Botafogo saíram após as entradas de Rodrigo e Dinelson, que desmancharam o esquema com três volantes.
O corintiano afirmou não se incomodar com a pressão. "As cobranças começaram com menos de 30 dias de trabalho neste ano, mas isso me motiva."
Dario também disse não estar aflito. "O trabalho está sendo bem feito. Mas, se tiver que sair, eu saio." Os dirigentes não escondem que o uruguaio corre risco de ser demitido. ""Nem eu estou garantido", afirmou José Bressan, gerente de futebol da equipe, controlada pela empresa Ability.


NA TV - Corinthians x Portuguesa, Sportv, ao vivo, a partir das 17h



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