São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2009

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Jogo "interminável" acaba empatado

Chuva interrompe Corinthians x Portuguesa por quase uma hora e meia

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma tempestade que caiu sobre São Paulo, ontem à tarde, bagunçou o jogo entre Corinthians e Portuguesa e tornou a partida, que deveria durar pouco mais de uma hora e meia, um evento de quase três horas.
Fez mais: transformou o resultado do jogo, um empate que mantém o Corinthians invicto e a Portuguesa na sua tentativa de recuperação no Estadual, num mero detalhe
A confusão começou por volta das 18h10. Ao identificar que não havia condições de continuar a partida, aos 4min do segundo tempo, o árbitro Flavio rodrigues Guerra suspendeu o confronto -decisão depois reformada por determinação da Federação Paulista de Futebol.
Foi o início de uma sequência de informações desencontradas, protestos e incertezas das duas equipes e que culminou com o retorno dos jogadores a campo mais de uma hora e meia depois da interrupção.
O primeiro ato começou com a reunião dos jogadores com o árbitro, ainda em campo, em que ficou determinado o adiamento do restante da partida para outra data. "Ele falou que o jogo havia acabado", disse o lateral-direito César Prates, capitão da Portuguesa.
O sistema de som do Pacaembu chegou a anunciar a suspensão definitiva do jogo, o que levou muitos torcedores a abandonarem o estádio.
No Corinthians, a reação após a suspensão foi a típica de um fim de jogo. Os atletas foram para o vestiário, tomaram banho e trocaram de roupa.
André Santos quase deixou o Pacaembu. Foi alertado por um segurança do Corinthians de que a partida recomeçaria.
Ele e seus companheiros já estavam prontos para irem embora quando o representante da FPF, José Salviatto, fez un pronunciamento. Avisou que a nova determinação, que passava por cima da decisão do juiz, era a de que se aguardaria até as 19h. E que, caso o campo não tivesse condições, a partida recomeçaria hoje, às 15h, horário próximo ao do clássico no Parque Antarctica, entre Palmeiras e Santos, o que poderia causar encontro de torcedores nas ruas e nas estações de metrô.
Faltando cinco minutos para as 19h o árbitro reexaminou o campo e anunciou oficialmente a decisão de recomeçar o jogo.
A partida foi retomada às 19h38, quase uma hora e meia depois do início da chuva -que àquela altura já não era tão forte- e de toda a confusão.
O gramado do Pacaembu resistiu bem à tempestade. A drenagem do estádio deixou o campo praticamente sem poças e em condições de fazer a bola rolar sem problemas.
Com a volta da disputa, a pressão do Corinthians e o esforço da Portuguesa em mais se defender do que ameaçar a meta de Felipe se intensificaram.
Sobretudo depois que Ediglê foi expulso, ao levar o segundo cartão amarelo.
A agonia, no entanto, tomou conta da torcida corintiana remanescente no Pacaembu quando, numa rara escapada ao ataque, a Portuguesa abriu o placar. Christian, aos 29min, aproveitou falha de marcação de Jean e chutou rasteiro
Mas a desvantagem logo foi descontada, com Otacílio Neto. Aos 35min, com um arremate cruzado, quase da pequena área, ele empatou a partida.
O 1 a 1 fez com que o final do jogo se tornasse eletrizante, como que para compensar toda a confusão da parada forçada pela chuva. Era o Corinthians martelando pela virada, e a Portuguesa tentando fechar ainda mais sua defesa.
Mas, assim como a chuva, que se tornou personagem do duelo desde que começou e se estendeu para além da longa duração do jogo, persistiu o empate até o final.

Corinthians 1 x 1 Portuguesa


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