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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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Entrosamento do Corinthians joga por empate contra caos do Palmeiras

Defesas são o foco do clássico que vale final

EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

De um lado, uma defesa entrosada, que praticamente não sofre alterações e joga com a vantagem de se classificar com um empate. Do outro, uma zaga desfigurada, que passou todo o Paulista-2003 trocando jogadores e precisa da vitória para ir à decisão.
Nesse cenário, Corinthians e Palmeiras vão definir hoje uma vaga na final, às 18h, no Morumbi.
Os corintianos acreditam que o entrosamento defensivo é um trunfo para ao menos empatar. Já os palmeirenses tentam superar os inúmeros desfalques na defesa para vencer e passar à final.
Na primeira partida das semifinais, o Palmeiras perdeu Índio e Leonardo, suspensos. Com Gláuber, Dênis e Gustavo contundidos, o técnico Jair Picerni ficou sem especialistas na zaga e terá de improvisar. O lateral Everaldo e o volante Alceu, que jamais atuaram juntos, são os candidatos.
O Palmeiras, porém, até ontem não sabia se poderá contar com Alceu, que deveria ter se integrado à seleção sub-20 mas não o fez. O clube tenta sua liberação com a CBF. Caso ele não atue, outro volante, Adãozinho, só 1,71 m, entra.
Picerni se acostumou a mexer em sua defesa no Estadual. Índio e Leonardo começaram como titulares, mas foram substituídos por Gustavo e Dênis, que se contundiram. Os dois primeiros voltaram. Nas laterais, Pedro e Everaldo eram, no início, os titulares. Hoje, jogam Neném e Marquinhos.
No Corinthians, a situação é oposta. Doni, Rogério, Anderson e Fábio Luciano, titulares desde 2002, atuaram em todos os jogos do início ao fim. Só Kléber, machucado, ficou fora duas vezes.
O técnico corintiano, Geninho, que priorizará a marcação, ironizou Picerni, que prometeu inovar escalando um time sem zaga. "Eles só jogariam assim se viessem com dois a menos", declarou.
Até aqui, o conjunto da defesa corintiana não significou grande vantagem em relação ao mesmo setor do rival, que tomou 11 gols, só um a mais que o Corinthians.
Os palmeirenses são mais eficientes nos desarmes, com uma média de 126,8 contra 115,1 do rival, segundo o Datafolha. A equipe também faz mais faltas (27 contra 23,9 do Corinthians). "Pode até faltar qualidade [na defesa], mas a vontade de vencer é a prioridade aqui", disse Picerni.


NA TV - SBT, Globo, Sportv e ESPN Brasil, ao vivo, às 18h


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