São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2006

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Árbitra diz que experiência vale mais que fôlego

DA REPORTAGEM LOCAL

Principal árbitra em atividade no Brasil, Silvia Regina de Oliveira diz que se preparar fisicamente -justamente a aposta da colega Ana Paula- não basta para conseguir vaga em uma Copa.
Segundo ela, o fator que mais influencia não está relacionado com velocidade ou resistência. "O que realmente falta para uma mulher apitar em um Mundial é o trabalho internacional. Não basta só trabalhar em jogos do Paulista ou do Brasileiro. Na Europa, o futebol feminino é muito forte, e as mulheres só apitam jogos de mulheres", diz ela, que pertence ao quadro da Fifa.
Silvia conta que, pela falta de experiência internacional, não quis pleitear vaga no Mundial da Alemanha. Aos 41 anos, essa seria sua última chance de ir ao torneio exclusivo para homens - o limite de idade para árbitros atuarem em uma Copa do Mundo é de 45 anos. "Mas eu nunca tive esse sonho", conta a árbitra. Seu principal objetivo é trabalhar no Mundial feminino, que acontece em 2007, na China.
"Eu já sou pré-selecionada para participar desse torneio", explica a juíza.
Sílvia, entretanto, afirma apoiar o projeto da colega bandeirinha Ana Paula Oliveira. "Eu acho que ela tem o direito de tentar e perseguir o sonho dela", completa.


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