Time joga mal, abusa de chutões e só empata em Marília, mas técnico diz que poderia ter vencido por 3 gols de diferença

Marília 1
Corinthians 1

EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A MARÍLIA

Um pouco mais do mesmo. Mais distante ainda de uma vaga nas semifinais, e o quinto jogo sem vitória no Paulista-2007. Esse foi o resultado da jornada corintiana em Marília.
O 1 a 1 não aliviou a pressão sobre o técnico Emerson Leão nem deu esperança à torcida. O Corinthians, agora com 17 pontos e em nono lugar, de novo mostrou não ter organização e abusou dos chutões.
Na verdade, uma promessa foi cumprida. Os corintianos jogaram como time pequeno, como pediram Betão e Leão.
O preço da cautela veio no final. "Ô, ô, ô, queremos jogador", gritaram os torcedores.
O Corinthians até teve lampejos de time ontem. Principalmente quando Willian e Amoroso estavam com a bola nos pés. Com a dupla, o time criou suas melhores chances. O problema é que, quando o camisa 10 corintiano criava boa jogada para o meia, ouvia um pedido de desculpas em retribuição.
As falhas defensivas, porém, faziam o time parecer pequeno, especialmente quando Gustavo tinha de interceder ou Marinho saía estabanado para marcar.
Essa distinção mostrou-se infeliz para o Corinthians e para Leão. A defesa entregou. Camilo, livre, colocou a bola na cabeça de Wellington Silva, que abriu o placar, aos 37min, e despertou gritos escrachados da torcida da casa de "Fica, Leão".
Mas o improvável aconteceu para calar o Marília. Wellington levantou na área, e Gustavo empatou, de cabeça, já nos acréscimos da primeira etapa.
"Raça Timão, você é tradição", pediam os torcedores corintianos. Isso, para ser justo, os corintianos mostraram.
Raça para segurar o Marília porque foi isso que se viu no segundo tempo. Um time apequenado segurando o empate e à espera de um contragolpe letal, que até apareceu, mas nos pés errados, de Wellington.
Marca corintiana no Paulista, os chutões, promovidos por Marinho, foram a principal atração. Resultado: Amoroso e Willian só viam a bola se olhassem para o alto. Arce não viu -só olha para o chão e não toca a bola. Wilson entrou na vaga dele e perdeu dois gols feitos.
Nos minutos finais, susto. O árbitro chegou a marcar pênalti para o Marília em toque de mão de Wellington. Voltou atrás, pois o bandeira avisou que a falta foi fora da área. Sem falar na bola no travessão corintiano.
Para fechar a noite, o diagnóstico de Leão: "Hoje somos merecedores de elogios. Temos que dormir sossegados. Independentemente do resultado, os jogadores estão de parabéns. Poderíamos ter vencido por três gols de diferença."


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